CAPÍTULO 17 LÚCIOS.

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LÚCIOS CAPÍTULO 17.

VOCÊ ACHA QUE É SUA? DOCE ENGANO.


Cheguei cedo na capital e fui direto para o hospital, eu sabia perfeitamente onde era a sala do Cezar e me encaminhei até lá, bati na porta abrindo em seguida.

-Lúcios não sabia que tinha consulta marcada? O cumprimentei e ele se virou para me apresentar um outro homem que estava com ele.  Eu reconheci de imediato, o pai da forasteira o doutor Felipe Fernando campos de Bragança, segurei firme em sua mão encarando seus olhos muito parecidos com os da mulher que perturba, meu corpo.

-Não vim como paciente, apenas estou fazendo uma visita a um velho amigo. -Confesso que estou surpreso, doutor Felipe esse é meu amigo de infância lúcios corona.

-É um prazer conhecer um amigo do Cezar. -O prazer é meu doutor. -Senti-se Lúcios, veio direto da fazenda ou já estava na capital. -Eu já estava, vim a negócios. Fito o chão ajeitando o punho da minha camisa em seguida direciono meu olhar para o homem ao meu lado.

-Você não é da capital? O homem pergunta. -Não, sou do interior. -Ele é fazendeiro doutor Felipe, como é mesmo aquela frase que seu pai dizia Lúcios. -O boi é um animal que caga pra trás e joga o dono pra frente. -Toca fazenda de gado? -Gado, banana, laranja, acerola, feijão, mandioca, soja o que o senhor quiser escolher, doutor. 

-Uau temos aqui um homem da terra, você iria gostar de conhecer minha filha, não é mesmo Cezar? -Esse dia está próximo como meu melhor amigo será o meu padrinho de casamento.

Meu corpo tenciona, com suas palavras e respiro devagar. Controle seus impulsos Lúcios não demonstre seus segredos, segure a besta, tampe os ouvidos dela ou será descoberto, penso.

-Então quer dizer que irá se casar? Encontrou a mulher dos seus sonhos. Digo sem mostrar sarcasmo e raiva nas palavras.

Sim minha bela Hortência, namoramos por muito tempo e resolvemos dar um tempo mais agora eu a quero de volta e a pedirei em casamento. Não se lembra dela já te falei sobre ela. 

-Eu faço gosto dessa união e minha esposa também, Cezar é o homem ideal para minha filha e pai dos meus netos. Um dia ela se tornará a sucessora da mãe e Cezar o meu, para um pai isso é motivo de orgulho.

Passo uma mão em minha nuca sinto um incômodo, minha pele pareci queimar a cada palavra que sai da boca deles. Isso só acontecerá nos sonhos de vocês o homem se levanta e se despedi de Cezar e faz o mesmo comigo. -Daqui um mês é meu aniversário nesse mesmo dia Cezar irá pedir minha filha em casamento, será meu convidado de honra.

-Obrigado pelo convite, é uma honra, estarei lá serei o primeiro a chegar, quero conhecer a mulher que encantou meu amigo.

-É uma pena ela não está aqui, queria apresenta-la a você, mas sei que logo ela se cansará das férias e voltará para casa. -Que eu me lembre Cezar me contou que ela também é medica? Uma voz ecoa nos microfones requisitando a presença do doutor Felipe com urgência. -Preciso ir agora, outro dia conversamos mais, e não se esqueça do convite.

O homem sai deixando minha pergunta no ar e Cezar me dá a resposta que eu quero ouvir, seu semblante muda. Após a saída do homem e ele diz com desgosto que a futura noiva largou tudo e foi morar no mato. As palavras saem com descaso da sua boca deixando bem claro que não aprova.

-Eu não entendi o que quer dizer foi pro mato?! Ela terminou sua residência e abriu mão de tudo, do hospital, do consultório que a mãe dela preparou, e foi pro interior plantar flor. 

-E o relacionamento de vocês como ficou?

-Terminamos já a algum tempo, ela nem ao menos se despediu de mim, e isso me deixou com uma raiva, Hortência é ingênua, não conhece nada da vida, ainda acredita que no final do arco iris existe um pote de mel.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora