SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
HORTÊNSIA CAPÍTULO 40.
PETULANTE E AFRONTOSA.
O sonho do pequeno mexeu comigo profundamente, não sou o tipo de pessoa que se impressiona fácil, mas acho que por causa do meu estado me senti um pouquinho abalada.
Eu me sentia um pouco abandonada e esquecida esses dias, sinto falta daquele louco doente é loucura, mais é a mais pura verdade, queria sentir seu cheiro de macho, suas mãos grossas percorrendo todo meu corpo, minha pele queimava necessitava por seu toque.
Tomei um banho fresco passei uma base no rosto para espantar as olheiras das noites sem dormir, pus um vestido caído nos ombros, solto no corpo para esconder as gordurinhas recentes, calcei uma bota e estava pronta.
Soltei meus cabelos ao natural, passei as mãos no meu ventre e me abracei, seu pai é um idiota, mas a mamãe está aqui pequenina.
Madalena está certa, hoje é dia de festa e vou afastar esses pensamentos ruins e indesejados para longe, vou sorrir, comer, dançar e agradecer a Deus por nossas vidas, e do meu pequeno.
Os homens prepararam um buraco no chão colocaram madeiras para queimar, pediram para que eu providenciasse um tacho que iriam matar um porco e fariam porco no tacho, minha boca se encheu de água isso deveria ser muito bom.
As meninas prepararam a comida em grande quantidade, arroz salada e farofa, o cheiro estava maravilhoso, as mesas foram arrumadas debaixo da grande barraca, toalhas de algodão foram estendidas sobre as mesmas.
Artur chegou correndo e me abraçou pela cintura, foi pega de surpresa, ele estava eufórico radiava felicidade.
-Obrigado. -Pelo que?
-Por fazer uma festa para nós, eu nunca fui em uma. Meus olhos se encheram de lágrimas, ele me olhava com os olhos brilhando cheios de gratidão, era comovente, aquele menino triste tinha desaparecido agora era feliz, conversava pelos cotovelos sem parar, engoli as lágrimas teimosas e disse a ele.
-Então aproveite, coma de tudo que tiver, brinque com as crianças, se divirta. Selma trazia a pequena bebê nos braços, era tão fofa, tão pequenina, abracei, ela com a bebê, ela não precisava me dizer nada, ninguém. Ali não precisava dizer algo a felicidade era notável, os olhos brilhantes os sorrisos que se abriam eram contagiantes.
A fogueira foi acesa, perguntei a Francisco por seu José, e ele me disse que ele iria demorar um pouquinho, mas que não era para me preocupar. Não demorou muito e vi ele chegando em uma carroça com mais um senhor.
Ele desceu da carroça pegou uma caixa, o outro senhor desceu e vieram em minha direção.
-Uma festa precisa de música não é mesmo? Disse o senhor todo pomposo.-A credito que sim. Respondi sorridente para eles.
-Este é meu amigo Serafim, ele é sanfoneiro e dos bons, hoje ele vai animar nossa festa. Cumprimentei o senhor baixinho, com bigodes longos e sorriso faceiro.
-Seja muito bem vindo, eu me chamo Hortênsia muito prazer. O senhor esticou sua mão e me cumprimentou em seguida. -Então essa linda jovem é a famosa Bela Dona, que enfeitiçou aquela Besta selvagem do coronel. -Não acredite em tudo que ouve. Seu José entrou no meio da conversa e disse ao senhor.
-É ela mesma, encantou o coronel, e salvou nossas vidas, nossas famílias nos tirando da miséria, nos alimentou, matou nossa sede, nos deu trabalho, restaurou nossa dignidade e esta festa é para comemorarmos a primeira cabana feita, a primeira de muitas para todos os moradores da vila dos esquecidos.
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O Cheiro do pecado completa.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.