HORTÊNSIA CAPÍTULO 28.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

HORTÊNCIA CAPÍTULO 28.

SURPREENDA E SEJA SURPREENDIDO.

O ar da capital não se comparava ao ar do campo, não me arrependia de ter ido embora. Aqui o ar era pesado, o céu vivia escondido em meio aos nevoeiros as pessoas apressadas por todos os lados.

 Parecem viver em um mundo particular não olham nem envolta quem passa ao seu lado.

Liguei para meu amigo Ruan que estou na cidade, mas que não era para contar a ninguém que ficarei no apartamento dele até resolver algo, e que só irei para a casa dos meus pais no dia da festa.

Ele ficou eufórico, mandou pegar a chave reserva com o porteiro e que poderia ficar à vontade que a noite faríamos uma reunião a dois que me contaria muitos babados e que queria saber tudo sobre a minha nova vida. Fui a uma clínica que não tinha nem um tipo de vinco com o hospital da minha família.

Fiz todos os tipos de exames possível no meu corpo e a tarde eu teria os resultados, que me mandariam por e-mail.
Eram cinco horas e a ansiedade me consumia não desgrudava os olhos do telefone.

Houve a porta do apartamento se abri e meu amigo me deu o ar da sua graça. Pulei em seus braços e comecei a chorar de felicidade, alegria era um monte de sentimentos misturados que estava me consumindo eu me senti feliz em velo.

-Mulher você está linda e muito gostosa, o campo lhe fez muito bem. Ouvi o barulho da mensagem chegar me soltei dele e corri pegar o telefone. Fui lendo cada parágrafo com atenção, estavam todos ótimos, mas o que eu mais queria saber estava lá comprovado, eu estava grávida três semanas de gestação.

-O que foi Hortênsia ficou pálida de repente?

-Estou grávida. -Hã repeti?
-Estou grávida, preciso repetir a mim mesma em voz alta, ESTOU GRÁVIDA.

-Não me diga que está grávida daquele arrogante arrombado do Cezar.

-Não é dele. -De quem é então, não me diga que foi por um homem que largou a cidade e virou roceira?!

-Não seja infantil, até parece que não me conhece? Fiz as contas rapidamente, meu estômago embrulhou, corri para o banheiro e vomitei de nervoso.

Ruan me olhava curioso engravidei no dia que ele me violou, pedi tanto a Deus para que isso não acontecesse sou tão dedicada a minhas pílulas.

-Hortênsia, me conta o que está acontecendo porque toda essa dor refletida nos teus olhos?! Uma criança só nos traz alegria, deveria estar feliz, mas pareci apavorada como se alguém fosse lava lá a um paredão de fuzilamento.

Ruan é meu amigo, mas não posso contar o que me aflige, se eu abrir a boca uma coisa puxa outra e mais outra. Não sei como ele reagiria a tudo que presenciei esse tempo fora.

Estou fora daquelas terras, mas presa pelo espírito e atrelada aquela gente, as coisas que aquele médico me disse faz sentido agora. Não se luta uma guerra que não se pode vencer o coronelismo prevalece naquele lugar como um câncer.
Não tem como derrotar de imediato tem que combater em doses pequenas um dia de cada vez está enraizado muito fundo.

-Hortênsia por favor, está me deixando assustado, o que ouve. quem é o pai dessa criança?

-O pai é lá do interior você não conhece. -Um roceiro, não me diga que se engalfinho no mato com um caipira, a almofadinha do Cezar vai pirar, ele tem esperança que vai se casar com você e comandar o hospital.
Sua risada escandalosa zuniu nos meus ouvidos, lavei minha boca e sai do banheiro indo para o quarto. Ruan nunca escondeu de ninguém sua antipatia por Cezar o detesta.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora