SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
HORTÊNSIA CAPÍTULO 49.
UMA VISÃO DO INFERNO
Dei um sorriso aliviada por estar tendo alta, Doutor Basílio Sodré, cuidou de nós até o último minuto, foram quatro dias fechada naquele quarto sem poder sair. O médico baixinho de expressão carrancuda, seguiu todos os procedimentos de um grande hospital naquela pequena clínica no meio do nada.
Ele era um ótimo profissional e muito requisitado, o coronel deve ter desembolsado uma grana alta para tê-lo aqui. Me despedi dele e agradeci todo o cuidado que ele teve comigo e com meu filho.
Insisti com Lúcios que eu queria estar com ele e não na minha cabana, mas para isso eu precisava dos meus pertences pessoais, ele me levou para busca-los, o helicóptero desceu a alguns metros da minha casa, ele me ajudou a descer e fui caminhando na sua frente eu tinha pressa.
Olhei para trás e ele não me acompanhava, senti que tinha algo diferente ali, saia fumaça da chaminé do forno à lenha era estranho depois que o povo da vila se afastou eu não utilizei o forno, resolvi ignorar poderia ser um dos peões que Jacinto me arrumou para cuidar da horta e levar os legumes e as verduras para a vila.
A porta estava concertada e as lembranças de Ruan em pé na minha porta me pegou como um soco no estomago, senti vontade de chorar. Coloquei a chave na fechadura respirei fundo rodei e empurrei a porta, tudo estava na mais perfeita ordem, limpo e organizado, o coronel deve ter mandado alguém limpar.
Entrei disposta a fazer uma pequena mala e sair dali o lugar que escolhi para ser meu lar e viver na mais absoluta solidão estava me sufocando. As revelações de Ruan, a falta que eu sentia dos meus amigos tudo fazia eu me sentir mal, e me sentir mal era a última coisa que eu queria.
Passei pelo sofá e quando me encaminhei para minhas roupas, fui tomada de surpresa com uma cuna colocada aos pés da minha cama, a emoção me tomou de uma forma tão surpreendente que chorei de soluçar agarrada ao móvel emocionada.
Era o primeiro presente do meu bebê, quem seria tão sensível e delicado para um gesto como aquele em dar um objeto tão, maravilhoso para mim, corri as mãos nas laterais da cuna em admiração. A emoção foi maior ainda quando ouvi a voz de Artur.
-A Dona gostou? Levei uma mão no coração e outra na boca e um rio transbordava dos meus olhos, seu José, Madalena, Francisco, Selma, estavam todos ali. Pedidos de desculpas perdão saudade saia da boca de todos, mas pedi que parassem, eu também tinha a minha parcela de culpa, eu devia ter contado no dia que cheguei da capital.
-Como eu senti saudades de todos. Disse a eles, os olhares e sorrisos direcionados a mim eram sinceros. -Não aguentávamos mais de tantas saudades também, digo em nome de todos. Falou Madalena. Artur se aconchegou do meu lado se sentando e me fazendo uma pergunta que nunca passou pela minha mente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Cheiro do pecado completa.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.