Capítulo 9: Facilmente

14.2K 1.4K 780
                                    

POV. Lauren P. Gonçalves

Acordei num solavanco por conta do toque irritante do despertador.

— Que droga! - Resmunguei ao procurar o celular pela mesa de cabeceira.

Olhei em volta e percebi que estava sozinha, procurei por Camila pela casa e me surpreendi ao perceber que ela havia fugido após uma transa.

— Meu Deus, quantos anos essa criatura tem? - Me perguntei enquanto segui pro banheiro.

Tomei uma ducha rápida, vesti uma roupa confortável camiseta regata cavada e um short de um pijama.

Enquanto passava o café me recordava da noite anterior com um sorriso bobo nos lábios.

Foi uma surpresa boa, forcei meu cérebro na tentativa de lembrar se em algum momento a idade de Camila me foi dita; mas cheguei à conclusão de que não havíamos conversado muito, fomos direto ao ponto.

— Oh de casa! - Era Carolina.

Estava sentada na mesa da cozinha tomando uma xícara de café quando minha irmã adentrou segurando o saco de pão, cheirava tão bem que chega me deu água na boca. Estava faminta e minha compra de mercado havia sido péssima, tinha poucas opções de comida.

— Bom dia, Carol. - Falei com um sorriso nos lábios.

Me cumprimentou com um beijo na bochecha, colocou o saco de pão sobre a mesa e se sentou na cadeira de frente pra mim.

Por um momento minha mente viajou na possibilidade der sonhado com aquilo tudo e talvez Camila nem mesmo tenha passado por aqui.

Não era possível que eu tenha viajado tanto assim, não estava bêbada e tão pouco chapada pra ter uma brisa dessas.

— Bom dia, maninha. Brigou com um gato foi? - Franzi a testa ao ouvir aquela pergunta.

— Como? - Estava perdida em meus pensamentos.

— Ôxe, só pode. Tu tá toda azunhada.

Ok, foi realidade.

Olhei para meus braços e me deparei com as marcas de vergões, nem quis imaginar como estaria minhas costas.

Não consegui conter o sorriso ao me lembrar das caras e bocas que Camila fazia, o jeito manhoso que gemia enquanto me causava essas marcas.

— Quem foi a felizarda? Foi Rita, não foi?! Aposto. - Carol serviu um pouco mais de café pra nós duas.

Pela lógica o palpite de Carol seria exato. Mas não minha irmã, surpreendentemente não foi Rita, a felizarda foi Camila e lembrar disso me causa um pequeno surto mental.

Não podia contar nada, não agora. Afinal eu nem sei ao certo como tudo ficou, porque a morena havia fugido durante a noite.

— Agora deu, vou ter que te contar dos meus esquemas é? - Peguei um pedaço de pão.

— Claro, somos manas.

— Foi uma garota aí. - Disse dando ombros.

— Hmm segredo então. Deixa, que uma hora dessas eu descubro. - Ela estava certa de que era Rita.

— Beleza, Sherlock. Avisou o pessoal que as aulas começam hoje?

— Sim, antes de vir pra cá passei na casa de dona Simone. Só estava faltando mesmo avisar a ela.

Se eu perguntar por Camila soaria estranho?!

— Hmm... E ela se animou? - Resolvi não arriscar.

— Sim! Só que a coitada tava era preocupada com Camila que passou a noite na casa de uma amiga fazendo trabalho da faculdade e chegou morta de cansada.

TropicanaOnde histórias criam vida. Descubra agora