POV. Camila Ferreira
Estava já pra sair da fazenda quando encontrei Carol na porteira.
— Oi Mila! Ai que bom te encontrar, Lauren conversou com tu sobre tua mãe?
A minha cabeça tava tão avoada com o que Lauren e eu havíamos acabado de fazer naquela baia, depois de ter gozado do jeito que gozei nos dedos daquela desgraça de gringa gostosa que qualquer coisa que tenha acontecido antes simplesmente foi apagada da minha memória.
— Sobre mãe? O que? - Carol sorriu ao me ver tão confusa.
— Oxi, ela saiu da escola dizendo que ia resolver sobre tua mãe deixar de ir as aulas. Não te procurou?
— Ahhh! Sim, sim ela foi lá na baia. Me falou, mas acabou esquecendo de pegar o meu número. Acho que vai me avisar, me mandar mensagem caso mãe deixe de ir a aula, algo assim.
Carol riu como se soubesse de algo e aquilo me deixou em alerta.
— Mas também tu não tá lá ajudando ela? Qualquer coisa tu mesma pode me avisar né não?
— Faz assim Mila, vou te enviar o contato de Lauren e vocês que se resolvam.
Franzi o cenho.
— Como assim se resolvam?
— Sobre o assunto de Simone, Mila. - Respondeu ela já mexendo em seu celular, provavelmente estava me enviando o número de Lauren.
— Ah! Sim. Pois então obrigada viu, já vou. Tô morta de cansada.
— Eu imagino Mila, tenha uma boa noite. Descanse viu, mulher. Beijo.
— Beijo. - Falei já montando em Esmeralda.
Amava fazer aquele caminho, Esmeralda corria como se conseguisse sentir o que se passava dentro do meu peito.
Queria correr, queria correr pro mais longe possível daquele sentimento que a cada segundo parecia ganhar mais força.
Cheguei em casa doida pra tomar um banho e dormir. Queria desligar minha cabeça pra ver se assim deixo de pensar naqueles olhos verdes.
— Venha comer Camila! - Gritava minha mãe da cozinha.
Pra ser honesta nem fome tava sentindo, mas aquela seria uma ótima oportunidade de falar sobre as aulas.
— Mainha, por que a senhora não dá mais uma chance pro sonho da senhora? - Falei assim que comecei a servir meu prato.
— Deixe de conversa, Camila. Não quero me envolver com aquela imundice.
Mordisquei meu lábio inferior ao ouvir aquilo.
Ai meu Senhor.
— Nã, não fale assim mãe. A senhora pode ter visto errado, não sei.
— Eu sei bem o que vi, Camila. O que tu ta querendo com essa conversa?
— Só que a senhora não deixe de fazer algo que estava te fazendo bem por causa de quem a filha de Domingos é. A senhora estava toda feliz com seu caderno, toda animada.
Por um instante pude ver mainha esboçar um sorriso quando se lembrou do caderno.
— Dê uma chance mainha, a moça não é uma pessoa ruim. Tá fazendo coisas boas pelo povo da fazenda.
— Ela pode até não ser mesmo, mas que pra mim isso é gasturento. É gasturento, Camila. Nã!
Fez uma expressão de nojo, provavelmente ao lembrar de Lauren com Rita.
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Tropicana
RomansaLauren é fruto de um romance entre um nordestino e uma americana; nasceu no Estados Unidos, nunca pisou no Brasil e nem mesmo conhece seu pai. Tinha de tudo e ao mesmo tempo não tinha nada. Alcoólatra aos 27 anos, valentona que vive se metendo em co...