Capítulo 16: Doidinha por você

15.2K 1.3K 611
                                    

POV. Lauren P. Gonçalves

Depois de um sexo maravilhoso, dormir de conchinha é sim uma das melhores coisas do mundo e foi assim que eu e Camila pegamos num sono gostoso que foi brutalmente interrompido pelo toque repetitivo de meu celular.

— Alô? - Atendi ainda de olhos fechados. - Quem é?

— Tava dormindo, é maninha?

Neguei com a cabeça sem acreditar. Só podia ser!

— O que foi? - Perguntei ainda sonolenta. - O que aconteceu?

Me sentei na cama e pela janela vi que já estava escuro; Camila nem se mexeu, pelo visto tinha o sono pesado.

— Por aqui nada... E por aí, rolou alguma coisa? - Dei risada ao ouvir aquilo.

Carol era uma peste!

— O que foi, pirralha?

— Bora comer, mulher!!!! Hora da janta, bora.

Pulamos o almoço e provavelmente Camila estava sentindo a mesma fome que eu.

— Daqui 20 minutos encontro vocês na recepção. - Falei.

— Demore não, viu? - Desligou.

— Ei, Camila... - A chamei baixinho.

Ela resmungou e afundou o rosto no travesseiro.

— Vamos jantar, você não está com fome?

Acho que foi a palavra "fome" fez com que ela acordasse tão rápido.

— Pior que estou mesmo... - Disse ela se sentando na cama. - Meu Deus, apaguei.

— Apagamos, né.

Respondi ao abrir a mala e tirar minha roupa.

— Tu vai sair?

Me olhou preocupada ao me ver vestindo uma calcinha.

— Nós vamos. Precisamos nos alimentar, não? - Respondi enquanto vestia uma camiseta larga e confortável.

A calça era o bom e velho jeans de sempre, na verdade esse era o meu vestuário há um tempo. Mulher californiana que se vestia feito uma adolescente com suas camisetas de bandas e coturnos Dr. Martens nos pés.

Vinte e sete anos de uma Lauren caótica que cheirava a álcool, isso era tudo. Essa era a única Lauren que eu conhecia, até pisar em Muçambê.

Até conhecer Camila.

— Nossa eu realmente preciso me alimentar. - Disse ela ao se levantar.

Como eu já havia me vestido, me sentei na beira da cama pra observar seus detalhes.

Desde o dia que nos beijamos naquele riacho, algo mudou dentro de mim.

Camila tirou um vestido de sua mala, além de uma calcinha pequena que se perdeu naquela bunda. Ela tinha o quadril largo, o corpo pequeno... Era esculpida. Colocou seu vestido e foi pra frente do espelho terminar de se arrumar. Fez um coque frouxo com algumas mechas soltas propositalmente, finalizou com brincos de argola.

Estou tão fodida, pensei.

— Estou pronta, vamos?

Seria clichê demais dizer que Camila já nasceu pronta?!

— Claro. - Me levantei.

Caminhávamos lado a lado, até que ela puxou meu braço e se agarrou ao mesmo e quando chegamos a recepção Carol nos olhou dos pés à cabeça.

TropicanaOnde histórias criam vida. Descubra agora