Capítulo 29 - As desventuras de Okonko 1, O Resgate!

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"Eu sou Okonko Babatunde! Secundus-OrdinisParvus Ranger da Unidade Distrital de Brazva, de Nigrum! É um prazerconhece-los!", ele pensa, olhando-se no espelho. Okonko gosta de começar o diacom positividade, sempre disposto a viver novas experiências. "Hoje eu voufazer o melhor possível pra ajudar as pessoas!", ele conclui, já fixando suainsígnia do Sacerdócio no uniforme. 

Brazva é um dos centros culturais de Nigrum. Uma cidade imensa, miscigenada e ativa. Sua distrital cobre um território extenso que engloba várias cidades-satélites que rodeiam a metrópole. 100Km ao norte encontra-se a capital do Império, Sarauniya.

Okonko nasceu e cresceu em Brazva, com sua família de apenas três. Seu pai fora Sacerdote-chefe da unidade durante vários anos até se aposentar. O objetivo de Okonko é seguir seus passos, trazendo alegria a todos. Entretanto, como o mais novo na Unidade, seus trabalhos diários eram... simples. "Mesmo assim, eu não vou ficar desanimado! Um problema que pode parecer pequeno pra mim, pode ser terrível pra alguém!", ele pensa.

_ Oko! Bom dia. _ Um dos colegas o cumprimenta da mesa da recepção _ Hoje o dia vai ser animado. Já recebemos dois pedidos de intervenção.

_ Bom dia!! _ Ele replica, sorrindo _ Eu posso ficar com um dos serviços, veterano!

_ Eu não esperava menos de você, Oko! _ O homem se levanta e entrega uma carta ao rapaz _ Divirta-se!

Okonko passa os olhos pelas linhas; eles brilham. Ele agradece o colega, e se prepara para sair. "Hoje é minha estreia como herói do povo! Ahahah! Okonko, ao resgate!", ele pensa consigo mesmo durante o percurso.

Ele cumprimenta todas as pessoas que vê na rua; várias delas o chamam pelo nome; outras até perguntam sobre seus pais. Okonko conhece cada uma das infinitas ruas da cidade. Ele navega por entre os prédios como um carteiro experiente. Um de seus hobbies exóticos é tentar memorizar o maior número de endereços possíveis, de lojas, famílias, ou qualquer coisa que ele considere interessante.

Finalmente, ele chega a seu destino: A residência da família Tumai. Eles vivem no 2º andar de um pequeno prédio, rodeado por outros. Na porta, uma senhora idosa espera, bufando, ao lado de uma jovem garota que tenta acalma-la. Okonko se aproxima, mas antes que pudesse sequer se apresentar, a senhora grita:

_ Você é da Ecclesia?! Finalmente!! Na minha época, quando alguém mandava uma chamada, vocês vinham na hora!

_ Calma, vovó! Não faz nem 2h que enviamos o pedido... _ A menina intervém e, com uma expressão desconfortável, continua _ Obrigada por ter vindo, sério. Não liga pra vovó....

_ "Não liga pra vovó"?! Vai te catar, Sassandra! Fui EU quem viu que a Maria tá presa!

_ Sinto muito por ter demorado tanto! _ Okonko replica, sem deixar que a irritação dos demais o afete _ É a Maria que precisa de ajuda, certo? Vou fazer meu máximo pra resolver isso o mais rápido possível. _ Ele sorri e faz uma pausa _ Sou Okonko. Espero poder ser útil!

A garota suspira, aliviada. A expressão da senhora se suaviza aos poucos. Ela diz:

_ Eu sou Sanura. A menina é Sassandra. _ Ela vira as costas apoiando-se na bengala _ Vem.

Okonko segue as duas para o interior do prédio. A velha para no segundo andar, afirmando que não consegue subir todos aqueles lances de escada. Sassandra continua o caminho até o topo e explica a situação:

_ Maria é nossa mascote. Ela vive escalando os prédios, mas às vezes não consegue voltar... O problema é que ela é muito orgulhosa pra admitir isso e recusa nossa ajuda. A vovó é a única que consegue convencê-la, mas ela não consegue mais subir até aqui. Por isso te chamamos.

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