Capítulo 31 - Desespero

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Ela corre e corre por entre as pessoas, como uma presa alucinada em franca perseguição. Ela se esgueira por entre edifícios, até estar diante de uma pequena porta, atrás da qual um círculo místico, desenhado em giz, se encontra.

Ela murmura algo e a pedra se liquefaz. Ela passa através do portal, surgindo subitamente em um túnel escuro que conecta o sistema de cavernas. Assim que a porta se fecha, ela exclama:

_ NÃÃÃO!!! _ Ela esfrega a cabeça com força, arrancando algumas mechas de cabelo _ Por que??!! Por que ele está aqui?!! Não, não, não!!! _ Ela bate nas pedras ao redor _ O que eu faço?! Não pode ser... O plano...! _ Ela se encolhe no chão e abraça as pernas; lágrimas de sangue escorrem por suas bochechas _ Não, não, não... O que...?

Ela grita. Sua voz ecoa por entre os corredores. As centenas de monstros que repousam pelas galerias urram em resposta ao desespero de sua mestra.

_ Mamãe vai ficar tão brava, tão brava, tão brava... Me desculpa, mamãe. Edisia não vai conseguir matar aqueles humanos... M-Mas eu... Edisia vai fazer o caos. Vai sim. Os amigos vão ajudar. Vão sim.

Ela se levanta e segue cambaleando. Permeando a escuridão, vários olhos brilhantes a acompanham em profundo silêncio. 

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