Close to my eyes, away from the heart

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Oieeee

Tudo bom gente? Espero que sim!

Boa leitura e desculpa os erros!

* ~~ ** ~~ * ~~ ** ~~ * 

O travesseiro foi escorregando lentamente pelo rosto de Adrien, que de olhos fechados, arqueou as sobrancelhas, sentindo um pouco as maçãs da face arder. Não estava doendo, só que levar uma "travesseirada do nada" na cara, também não era nada legal.

- Oh meu Deus, você esta duro de novo! Vai entrar no meu cuzinho agora?

Agora para Marinenette a situação não poderia ser pior. Lá estava ela, sentada na cama, olhando para Adrien enquanto na televisão passava um pornô daqueles histéricos onde a mulher parecia mais estar morrendo do que tendo prazer, quer dizer na verdade, ela estava morrendo de prazer.

- Ain... ta entrandooo!!!

- Hum. - A mestiça choramingou um chorinho, vendo Adrien passando uma das mãos no rosto e abrir os olhos. Quando sua visão encontrou a dele, quis morrer. De vergonha, e como aquela mulher na televisão estava morrendo, do jeitinho que o homem estava fazendo com ela.

Ahh...Parecia ser tão bom...!

- Não para! Eu vou gozar se continuar me comendo assim!

Será que Adrien também sabia fazer ? Ou quem sabe... mais forte?

Oh Deus...

- Fica calma meu anjo. Deixa que eu resolvo tudo.

"Resolver tudo o que Adrien?!"

- Me come, me comee!

"Vai resolver como aquele homem esta fazendo no corpo daquela mulher...? Eu não sei se estou preparada mas-"

Na expectativa de que ele fizesse o que sua mente instigava todo o seu ser, o viu se levantar, pegar o controle no chão, ajeitando as pilhas que tinham caído para ajeitá-las, e assim, desligar a televisão.

Virando-se para Marinette que permanecia sentada sobre as pernas na cama, e as mãos unidas sobre estas, sorriu por conta da sua reação adorável.

Enquanto a via desse jeito – acuada, tímida, confusa – sentia-se feliz por saber que ela de fato era um anjo. Somente uma mulher pura, de áurea tão doce agiria dessa forma, e constatar mais uma vez isso, aqueceu seu coração.

Tinha achado – quer dizer, melhor – uma mulher linda de corpo e de alma havia cruzado o seu caminho na hora que mais necessitava, e por causa disso precisava protege-la. Nunca quis agir assim com qualquer outra, até porque as outras pareciam consigo, eram pessoas que não respeitavam, que não estavam nem aí para nada, para o amor, e que só desejavam diversão. Não que elas estivessem erradas, o problema e a vida era de cada uma delas, mas com relação a Marinette, ela era sim especial e queria estar ao seu lado não somente naquela noite, mas sempre que ela o permitisse.

A viu abaixar a cabeça reprimida, sentindo-se extremamente apaixonado por aquele jeito fofo, tão cativante e delicado que o fez se aproximar, inclinando o rosto para tentar ver o dela que o virou junto com os olhos, de ombros encolhidos.

- Você é única, sabia?

- Uhn?! – exclamando baixinho, arregalou os olhos na direção do loiro que sorria afável, sentindo uma das mãos dele acariciando gentilmente seu rosto. – U-única...?

- Sim. Eu nunca conheci uma mulher como você... com esse seu jeito, com essa sua linda e doce maneira de ser que me quebra por dentro Marinette.

- Desculpa, mas eu não estou te entendendo...

- Meu anjo, tudo o que precisa entender é que o meu coração esta criando contigo um laço muito forte de afeto que me faz pensar, que tudo o que eu quero, é sempre estar contigo assim...sozinho, longe de olhares que nos reprovam porque somos diferentes.

- Você... – suspirando, olhou direto aos lábios dele. – Quer sempre ficar sozinho comigo...? Por-por que?

Marinette franziu as linhas faciais, desmanchando-se a maneira que ele acarinhava a sua pele com o toque daquela mão quente, grande, úmida pelo banho. Além disso, Adrien estava tão cheiroso...suas tatuagens na barriga, nos braços, ficavam cada vez mais ressaltadas aos seus olhos, era muito sexy, uma delícia...Seu corpo clamava para que ele a deitasse na cama e repetisse palavra por palavra, em seu ouvido, em seus lábios o quanto desejava permanecer mais próximo, mais íntimo.

E isso, machucava seu coração. Porque sabia, que ele a via apenas como um anjo. Um ser intocável pois não ousava se aproximar, mesmo com os dois sentados na cama, ele praticamente nu, tocando seu rosto vulnerável. Bastava que a puxasse pela nuca e a beijasse. Só que não faria isso. Não faria nada além de beijar sim, a sua testa, depois de dizer palavras dolorosamente amáveis.

- Porque eu te admiro muito e quero aprender a amansar o meu coração contigo. Eu sou um tormento Marinette, uma tempestade. Eu vivo no meio de um oceano revoltado que me joga para os lados, me faz enlouquecer em mim mesmo. Daí eu perco a minha cabeça, eu só faço merda atrás de merda...

- Não, não faz. Pelo menos, comigo não.

- Claro que sim, eu quase arranjei briga na tua igreja, lá na cafeteria com as pessoas olhando, no shopping... eu não ligo. Mas eu sei que isso pode te incomodar.... Sabe, o problema todo... mora aqui... – a fazendo tocar no lado esquerdo do peito, juntou sua mão a dela, a olhando bem fundo em seus olhos azuis. – Dentro de mim, dessa alma atormentada.

- E você então acha... que eu posso te ajudar a acalmar o oceano revoltado que mora aí dentro?

- Eu não acho. – e a beijou pela mão com ternura afirmando. – Eu tenho certeza.

- Adrien...

- Marinette... eu posso contar com você?

O coração da mestiça quase que pulou para fora do peito através da boca, no momento que Adrien apertou sua mão a dele. Uma loucura repentina veio a sua cabeça, como se nela houvesse o tal mar revolto cheio carregado de ondas de sensações que inundou seu coração de vontade para lhe dizer, com toda a sinceridade do mundo – Conta comigo. Eu vou estar do teu lado, mas não como um anjo. Eu não quero te proteger como um anjo, eu quero te ajudar... como uma mulher... sendo, talvez...a sua mulher.

- Pode sim Adrien. – porém o respondeu desta forma, suspirando as palavras tal como um murmúrio. Os dois acabaram não resistindo, se abraçando forte sobre a cama. Adrien sorria dentre os cabelos soltos de Marinette, dando um beijo em seu rosto.

- Obrigado meu anjo, obrigado por estar aqui comigo.

- Não Adrien... - e ela o respondeu com os olhos fechados e um sorriso, pelo qual, já sabia muito bem do que se tratava. Estava se apaixonando por ele. Estava se perdendo por ele. – ...sou eu, que devo te agradecer.

Damned love   [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora