Damned love [Adrinette]

Every part of you

Olha eu com o meu capítulo antes da gente mimir

Boa leitura e desculpa os erros!

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No entanto, Marinette não conseguiu fechar seus olhos, pois estava mais do que conectada a imagem dele beijando sua mão. Sentiu o corpo inteiro anestesiado, tão leve que poderia sair flutuando pela janela ao mesmo tempo que o sentia pesado pelo desejo, pelo prazer que cada vez mais ia aumentando, conforme os lábios brandos de Adrien, demonstravam para si, o quanto ele a amava.

De forma aprazível, única, ele a fazia abrir seus dedos, para beijar a palma da mão por completo, a induzindo a cariciar seu rosto de olhos fechados. Institivamente a puxou pela cintura, para que ficasse no meio das suas pernas abertas. Marinette de primeiro momento, se assustou, retendo a respiração no começo da garganta, quando sentiu a mão dele apertando a lateral do seu corpo.

Toda via voltou a relaxar, soltando a respiração aos poucos, cerrando os olhos ao inclinar a cabeça para um lado, namorando a figura do loiro tão lindo, que queria morrer apenas por aquela visão do paraíso. Desejava ardentemente desfalecer nos braços dele, permitindo-o, deixando que ele fizesse tudo o que seu coração ordenasse.

Suspirou mais alto, sentindo que ele a beijava em toda a extensão da palma da sua mão, segurando seus dedos, os acariciando em seu rosto, a fazendo pegá-lo na textura das maçãs da face, dos seus olhos fechados, do seu nariz, da sua boca, em tudo de si.

Inclinou a cabeça para trás quando ele começou a intensificar mais os beijos, intercalando-os com leve mordidas. Ambos passaram a respirar de forma que podiam ouvir claramente a satisfação que sentiam naquele quarto silencioso. Era como se o mundo inteiro tivesse sumido, e existisse apenas, os dois, um para o outro.

Tanto para Adrien, que se perdia no toque suave daquela pele aveludade, quente, macia, pela qual, não se aguentou em seguir distribuindo beijos dentre os dedos, a mão por inteiro, ousando subir as carícias para o antebraço. As dúvidas do seu coração haviam quase sumindo, ainda que restasse a incerteza de que deveria estar ali a beijando, se viciando em um caminho sem volta.... nada importava mais, queria continuar. Desejava senti-la por completo, naquele mesmo instante.

- Eu te amo Marinette... Eu não sei se consigo parar... - confidenciou com a voz embargada de paixão, mantendo os olhos fechados, reprimidos.

- Eu não quero que pare... - e para seu contentamento, ela o respondeu da mesma forma, elevando uma das mãos ao seu ombro direito.

Adrien então a puxou a fazendo se sentar em uma das suas pernas. A segurou pela nuca, a olhando em seu rosto a pouco centímetros de distância, logo movendo o olhar para seus lábios entreabertos, que imploravam por um beijo.

Era tão patético, sentir-se daquela maneira tão insegura. Se fosse em outros tempos, com outras mulheres, já teria quebrado Marinette em mil pedaços na cama somente para que lhe desse prazer. Porém com ela, não ousava inclinar-se para frente, e beijá-la, porque tinha medo de feri-la, de fazer alguma coisa que visse a machucar seu coração. Precisava ser sincero.

- Meu anjo...você sabe, e eu não me canso de repetir... que você foi, e é a coisa mais maravilhosa que aconteceu na minha vida... te encontrar, devolveu a minha vontade de viver.

- Ah... meu Adrien...! - tocando em seu rosto, sorria apaixonada, sussurrando as palavras somente para que ele pudesse ouvir. - Eu agradeço muito a Deus, por ter me feito ir na igreja naquela hora da noite... eu estava tão desesperada por dentro, você não pode nem imaginar...

- Eu não consigo, mas - o silenciando, Marinette esfriou o sorriso.

- Eu estava apaixonada por um homem que é casado. Esse sempre foi o meu maior pecado, o mais triste, e o mais vergonhoso de todos. Naquela noite, em que eu fui na igreja tocar o piano sozinha, julgava estar tocando somente para Deus, para os bancos, para a parede, para as pilastras... mas no fundo, estava tentando me redimir porque... porque eu tinha, eu tinha feito... uma coisa terrível... - parou brevemente, reprimindo o choro que insistia vir à porta dos seus olhos. Seu coração já estava sangrando. - ...eu...toquei no meu corpo pensando nele. Eu me satisfiz pensando nos braços dele Adrien, no amor que ele poderia me dar, mas que nunca poderia ser meu, porque... ele ama outra mulher, e esta casado com ela...!

Ao fitá-la em silencio, Adrien passou a observá-la atentamente enquanto a via chorar.

Era tão pequena, tão frágil, encolhendo-se em si mesma, balbuciando soluços porque julgava sentir-se envergonhada por algo, que infelizmente não poderia ter controlado. Então, a fazendo olhar para si de novo, aproximou o rosto para lhe dar um beijo no queixo ainda com os olhos sobre os seus.

- Não se envergonhe de ter amado alguém Marinette. Mesmo que tenha sido a pessoa errada, o sentimento que você tinha por ele, foi real pra você...

- Mas isso... não é o suficiente para anular o meu pecado diante de Deus... - ela o respondeu querendo fechar seus olhos, mas sendo impedida, pelas mãos fortes que a fizeram se manter atenta em si.

- Mas é o suficiente, pra me fazer continuar te enxergando, como eu sempre o fiz. O meu doce anjo, a mulher que ilumina e aquece a minha alma, que me faz querer descobrir, como é amar e ser amado de uma forma que eu nunca conheci...eu só não sei, se sou merecedor dos teus sentimentos Marinette, da sua retribuição. Esse não era o nosso acordo.

- ...o que quer dizer...?

- Eu só havia pedido que fosse para mim, o meu anjo e que estivesse ao meu lado, mas nunca te disse que as coisas poderiam se transformar dessa maneira. Eu mesmo não estava esperando.

-...mas é essa a questão Adrien...! Não entende? Se aconteceu, é porque... deveria acontecer, e deveríamos estar aqui.

- Você...então...?

- Sim...sim...! Ah por favor...! Me tome...!

O puxando para si, o abraçou, aterrando seu rosto envolta de seu pescoço, onde Adrien passou a beijá-la, a segurando firme pela lateral do corpo. Os dois iam passeando livremente suas mãos um no outro naquele abraço apertado, se sentindo, exigindo o máximo que podiam ter... só que nada daquilo, chegava perto de ser o mínimo suficiente. Voltando a fita-la depois de pegá-la mais uma vez pela nuca, Adrien a encarou sem fôlego, sério, com um tom de voz que a fez estremecer.

- Se me permitir te beijar agora, eu não vou poder ser mais o mesmo... eu não vou poder voltra atrás.

Por sua vez, Marinette não ousou pergunta-lo, pois sabia exatamente o que queria dizer. Certeza essa que incendiou seu coração, pois ela sabia que ele iria amá-la... como sempre esperou ser amada.

- Eu não quero ser mais a mesma... quero morrer e renascer na sua boca Adrien...então me beije...e me sinta contigo...!

Os dois então fecharam os olhos e foram se aproximando lentamente um do outro, até pararem no meio do percurso quando a porta do quarto de Marinette abriu, revelando Bridgette que tinha acabado de chegar do mercado. Ela, estarrecida com a cena da sua irmã mais nova montada no colo daquele homem estranho, fechou o semblante, soltando a frase completamente irritada.

- Mas o que é que esta acontecendo aqui?!?!