Voltei aqui hein
ME AJUDA
Boa leitura e desculpa os erros
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O que estava fazendo exatamente, não sabia dizer, mas acabou se compadecendo daquele estranho, todo sujo, com o rosto acabado, machucado e manchado de sangue, o levando para sua casa.
Certo, obviamente, qualquer pessoa a xingaria de maluca, mas era isso que seu coração lhe pedia para fazer, tal como sua mente, ainda mais porque, ele a olhava de uma maneira tão expressiva, a chamando incessantemente de anjo que não pode deixá-lo para trás.
Porém.... céus, como assim anjo? Estava longe de ser um anjo. Não passava de uma mulher errática, uma pecadora, uma confusa, isso sim. Ele não a conhecia, não deveria chamá-la daquela forma, e muito menos, segurar sua mão com tanta força. Fazia isso certamente, para não cair de joelhos no chão.
- Meu anjo... muito obrigado... por me levar pro teu santuário... a tua casa... - ia cambaleando, falando fraco, arrastando-se, aparentando ser um trapo de homem, o que a fazia não parar de se questionar, porque se encontrava daquele jeito tão deprimente.
- Não precisa agradecer Adrien, só estou cumprindo o que a palavra do Senhor nos ensina - ajudei o teu próximo.
- O teu próximo... - ele sorriu, lambendo os lábios secos, piscando devagar. - Que bom saber que me considera teu próximo, assim eu não me sinto tão distante... tão impossível, de ser ao menos... um conhecido.
Marinette novamente sentiu seu coração apertar no peito, tal como ele havia apertado suas mãos. Era estranho sentir-se daquele jeito perto de um estranho tão peculiar, que jamais iria se aproximar se estivesse sozinha na rua, por medo, não por compaixão.
Porque na realidade, sua alma transbordava de pena, de vontade de cuidar dele, de sei lá... era estranho, sabia, mas de acalentá-lo em seu colo, como se fosse um gatinho abandonado de rua. E ele parecia um. Todo de preto, com aqueles olhos verdes e grandes, apesar de estarem fora de foco, e com os cabelos loiros desgrenhados, o coitado, precisava de um banho e de ser alimento. Por isso estava o levando para sua casa.
O problema, que não estava pensando até então, mas que logo apareceu saindo da cozinha com o jantar pronto, era que sua irmã velha, era bem capaz de não gostar nada nada daquele convite inusitado.
- O senhor é o meu pastor e nada me faltarááá... Marinette, que bom que apareceu menina!! Já estava ficando preocupada! Vamos entre, a janta já esta pronta e AH!! - a mesma gritou, quase que derrubando um prato de salada no chão, ao olhar o encosto ao lado da sua irmãzinha mais nova. - Ma-ma-marinette, quem é esse???
- Ah Bri, bom... ele é...
Adrien, com o olhar apático, parecendo mesmo um fantasma, pegou um cigarro de dentro da sua jaqueta, o ascendendo para depois falar.
- Me chamo Adrien... e eu só vim acompanhado do meu anjo.
- VALHA-ME NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! - Aos berros, Bridgette catou um vidrinho com água benta que sempre tinha em casa, o tacando por inteiro no rosto de Adrien, apagando o fogo do inferno que ele se utilizava para fumar.
- ESTA PROFANANDO A MINHA CASA COM ESSA CHUPETA DO DIABO!
- Ah Deus... - Marinette o olhou preocupada, limpando seu rosto molhado e invocado. - Desculpe-me... é que ela-
- Não tem nada meu anjo, a culpa foi toda minha... eu só preciso sentar... você me permite?
- E-eu?
- A onde, posso saber?? Aliás, Marinette, quem é esse??? Fale logo! Da onde tirou isso?
- B-bom Bri, ele é...
- Eu sou... - olhando a mais velha com o semblante sério, e os olhos fundos, afirmou com todas as palavras. - Eu sou o protegido dela... e ela, é o meu anjo... a minha salvadora. - e ao pegar a mão da mestiça, que havia arregalado os olhos, deu-lhe um beijo apertado, que fez Bridgette querer pegar uma cruz e dar na cabeça daquele demônio, para que se afastasse da sua irmãzinha de vez.
- Marinette, posso saber o que esta acontecendo???!!
- E-eu não sei bem Bri, mas quando eu estava na igreja, esse homem apareceu todo sujo e cheio de sangue,..
- Sangue??? Que sangue, sangue de quem, do que, como?? Onde?? Vamos logo rapaz, me responda antes que eu te jogue pra fora!
Completamente cansado, o loiro soltou um suspiro tão doloroso, antes de colocar uma das mãos nos olhos, para que pudesse aguentar as lágrimas que estavam por vim.
- Eles mataram ele... mataram...!
Ouvindo sua sala trêmula, as duas irmãs então, olharam-se em silêncio, ouvindo o soluçar triste do rapaz preencher a casa quase que por inteiro. Era muito triste.
Sendo assim devagar, para não assustá-lo, Marinette o segurou pelos os dois lados do rosto com delicadeza, para que trocasse um olhar, e transmitisse através dos seus próprios olhos: calma, acalento ao coração atormentado daquele homem.
- Fique calmo Adrien, não precisa chorar desse jeito.
Ele soluçava, fechando e abrindo os olhos pesadamente.
- Eu estou sozinho meu anjo... você não entende...
- Não, não esta sozinho.
- Não. - Bridgette interveio, aproximando-se com um o semblante mais calmo. - Marinette, ajude-o a lavar o rosto e se recompor, você janta conosco hoje ...Adrien.
Isso fez a mestiça sorrir e acariciar o rosto frio do loiro que a segurou pelas duas mãos.
- Obrigado pelo teu toque... obrigado por tudo, você consegue fazer o meu coração se aquietar meu anjo... sempre que me olha assim...
- Certo Adrien. - ela sorriu compadecida, o pegando gentilmente pela mão direita. - Vamos agora, que eu vou te ajudar.
E assim seria, daquela noite, em diante.
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Damned love [Adrinette]
عاطفيةAdrien era um homem perdido na vida e andava sem rumo, fazendo escolhas erradas até que uma noite envolvido em uma briga de bar, viu um dos seus melhores amigos ser morto diante dos seus olhos. Aquela imagem o fez entender que precisava mudar o seu...