Damned love [Adrinette]

In your heart I'm home

Mais um pq eu amo muito vcs!

Boa leitura e desculpa os erros!

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Antes da conversa que precisava ter com Adrien, Marinette foi consultar o melhor mentor que poderia ter em sua vida: Deus.

Após o trabalho, tomou um chá sozinha em uma cafeteria no centro de Paris, encaminhando-se para igreja onde rezou um pouco. Lá dentro, naquele lugar que amava estar, que dava paz ao seu coração, fechou os olhos ajoelhada, murmurando baixinho para que apenas, Ele pudesse ouvir a voz do seu coração.

"Meu Deus... sabe que sou uma filha perdida. Conhece bem as minhas aflições, os meus medos, os meus pecados mais terríveis e obscuros... Eu estive andando por uma corda bamba, prestes a cair em um precipício... e sinto, que posso cair ainda. Está debaixo dos meus pés, está nascendo de novo em mim..."

Movendo a cabeça para o grande e belo crucifixo que havia pregado na parede, tão majestoso diante de si, sentiu vontade de chorar e contar tudo. Ainda que soubesse que Deus detinha conhecimento dos seus mais profundos pensamentos e anseios, Ele era o seu melhor amigo, aquele que nunca se sentiu julgada, mas que precisava lhe dar explicações, por temer ama-lo demais.

"...Eu me sinto confusa, meu Senhor. Agora, depois de tanto tempo sofrendo por um amor que bem sabe que não me servia e que eu acreditava, que eu acredito...que não foi obra sua... eu me vejo apaixonada por um homem que não esta livre para me amar novamente. Não há outra mulher, não há outra barreira a não ser... ele mesmo..."

"O precipício a que me refiro meu Deus, é o medo que tenho por não poder entender esse amor. Estou me esforçando para descobrir, o que realmente significa este sentimento...

Adrien me trata tão bem, de uma forma que nenhum outro me tratou antes, só que ao mesmo tempo. Não acredita na sua presença, não entende, se confunde, se perde em si mesmo...! Eu me sinto machucada, perdida com ele.

Em contrapartida, confesso que estou feliz por saber que ele me ama tanto, a ponto de querer lutar por nós dois.... mas não desejo que ele faça isso, nem com a minha família, e nem com a dele!

Ele não pode esquecer a si mesmo, só porque me ama... não pode fazer qualquer coisa para que esse amor continue forte. O Senhor sabe...talvez eu possa estar mentindo agora, em oração, mas não quero que Adrien me ame ao ponto de esquecer das suas convicções... apesar do meu coração implorar, sangrando... que ele o faça."

E era exatamente isso.

Marinette bem sabia que diante de Deus ela não poderia mentir. Por fora, apesar de julgá-lo errado pelas suas atitudes, havia amado saber que tinha ido brigar com o seu irmão pelo amor dos dois, para que ele não se metesse novamente.

Era uma força, uma maneira de ser que não conseguia reproduzir porque seu coração se dilacerava naquele pecado. Jamais poderia ser enérgica com Bridgette se ela resolvesse ser mais dura nas suas intervenções. E era por isso, que o amor que sentia por Adrien, a fazia sentir que estava prestes a cair... no tal abismo pelo qual se referiu.

"Sinto cada vez mais que esse amor vai me devastar. Uma corrente de sangue, de afeto, de paixão se parte como uma onda toda vez que o tenho perto de mim...eu deveria temer por isso, não deveria meu Deus?! Mas eu não consigo temer...!"

- Por que eu quero que ele fique comigo. Eu não quero deixa-lo ir...nunca.

Ao pegar o celular, com movimentos lentos, ligou para o telefone do loiro que a atendeu prontamente.

- Oi meu anjo.

- Adrien... onde você esta? Quer dizer, pode falar?

- Sim, sempre. Eu estava indo ao seu encontro, na sua casa. Queria fazer uma surpresa.

- Uma surpresa...?

- Uhum. Não esta em casa?

- S-sim, de certa forma eu estou.

- Uhn....Eu não entendi.

- Estou na igreja Adrien.

- Aaah ta... eu estou indo pra aí então.

- Okay. Ficarei te esperando.

Desligou a ligação, preferindo ficar sentada nos bancos de madeira da igreja silenciosa, de olhos fechados, procurando meditar nas melhores palavras que poderia dizer a ele. Não desejava que brigassem, só que por outro lado, precisava sim conversar sobre aquela história de casamento.

Não entendia o verdadeiro ponto dele ter dito que se casariam ao seu irmão, por mais que pensasse de outra forma, era como se estivesse se gabando que poderia chegar muito longe com suas provocações. Casamento não era uma brincadeira. Deveria ser um momento sagrado, a união de dois corpos, de dois corações sobre a benção de Deus. E mesmo que ele não acreditasse no Senhor, deveria pelo menos respeitar tudo o que esperou que um dia se tornasse realidade na sua vida! Dessa forma, não poderia então se tornar um brinquedo nas mãos dele. Não poderia se deixar levar tanto por aquela onda de sangue, que a faria pecar de uma forma, que não encontraria paz e não teria retorno.

Seria um caminho único a seguir e talvez Deus, não ficasse feliz com isso.

"Cheguei."

"Oi. Já estou saindo."

"Não precisa, é só você se virar."

O fazendo, depois que leu a ultima mensagem, virou o corpo lentamente até seus olhos irem de encontro com ao homem parado no meio dos portais da igreja.

Era Adrien. Usando uma roupa que nunca tinha visto nele antes, e carregando, um ramalhete de flores brancas. Não conseguia acreditar mas seus olhos não mentiam. Ele estava ali todo vestido como uma pessoa séria, e sorria, abrindo os braços para que visse ao seu encontro.

Foi então que Marinette, tomada por uma euforia que preencheu seus pulmões de amor, de alegria, de tudo de bom que poderia sentir, correu até ele o abraçando forte quando seus corpos se encontraram.

- Ah meu anjo...! - o ouviu arfar dentre seus cabelos, sorrindo. Dessa maneira, precisou lhe dizer, bem na frente dos seus olhos e diante da cruz, de Deus e de quem pudesse ouvir, toda a verdade que existia marcada na sua alma.

- Eu quero que você fique comigo...! Eu não quero que vá Adrien. Eu não vou conseguir sozinha...!

- Eu não vou a lugar nenhum, não sem você...

- Então me tire daqui para outro lugar, onde não vamos mais ficar sozinhos, porque teremos um ao outro... essa aqui é a minha casa... sempre será o meu templo... Deus também... e aqui...! - apontando ao coração dele sorriu, dando um beijo no local semi coberto pela camisa social preta desabotoada. - No seu coração...

- No meu coração...?

- Sim... no seu coração, eu estarei em casa.