The prodigal son

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Oiee amores

O cap vai ser pequeno pq ta meio corrido, mas eu realmente precisava escrever ♥ Então boa leitura e desculpa os erros.


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Dessa forma, na noite que Adrien combinou de se encontrar com seu pai, os dois estavam se arrumando para o jantar que aconteceria na casa dele. Tudo ia bem, até as horas se aproximarem para o tal encontro, onde Adrien começou a se demonstrar mais nervoso e um tanto cético sobre encarar seu pai mais uma vez, depois de tudo o que aconteceu dentre os dois.

- Eu já fiz muita merda na minha vida meu anjo, você sabe. Já vi gente apontar arma pra mim, já me meti em brigas... mas nada disso, me meteu tanto medo quanto agora.

- Adrien...

- ... eu não sei como meu pai vai reagir quando me ver. Uma coisa foi a gente ter falado por telefone, no calor do momento, outra bem diferente é conversar, e eu ter que me explicar pra ele... porque resolvi ser um covarde e fugi quando eu tinha que ter sido um homem, e ter encarado a vida sem perder a cabeça.

Naquele momento, o casal se encontrava no banheiro de frente ao espelho. Adrien mantinha o olhar fixo em seu reflexo enquanto que Marinette tinha uma das mãos em seu ombro, fazendo uma pequena carícia. Ela encostou o rosto em seu braço, o olhando pelo reflexo também. Estava muito bonito. Usava uma camisa social branca, uma calça jeans e tênis nos pés. Seus cabelos haviam crescido, havia até engordado um pouquinho por causa das pizzas que viviam comendo nos finais de semana.

A imagem dele assim, a fez se recordar de quando o conheceu. Adrien era muito diferente. Ele sempre foi muito bonito, mas era mais apático, mais magro, com os fundos, aquele cheiro de cigarro que o acompanhava sempre. Muita coisa tinha mudado, mas pelo o que parecia, ele ainda não conseguia enxergar.

- Meu amor... - fazendo-o se virar de frente, fez um carinho em suas mão dando um suspiro e um sorriso à ele. - Vamos comigo ali no quarto, quero te contar uma história antes de irmos. Ainda temos tempo.

- Ta bom. - o loiro sorriu e assim, os dois foram de mãos dadas até a cama, onde ele se sentou primeiro com ela em seu colo, em uma das pernas, como sempre gostavam de fazer quando queriam conversar bem coladinhos.

O olhando de perto, Marinette fez um carinho em seu rosto, dando um beijinho rápido em seus lábios antes de começar a dizer as palavras de forma branda, tal como se estivesse contando uma história para uma criança.

- ... um homem muito rico, tinha dois filhos. Certa vez, o mais novo deles disse ao seu pai: pai, quero a parte que me cabe da herança, pois quero partir. O velho rico então, não pensou duas vezes em repartir suas propriedades e entregar uma para cada filho. Sendo assim, não demorou muito tempo para que o mais novo reunisse tudo o que tinha e fosse para uma terra distante... e nessa mesma terra Adrien, ele gastou tudo, vivendo de forma irresponsável.

O loiro abaixou a cabeça, como se aquela história, fosse realmente a história da sua vida. Só levantou o olhar, quando Marinette o fez mirá-la mais uma vez em seus olhos pelo queixo.

-... daí, depois de um tempo meu amor, houve uma grande fome em toda a região, e ele começou a passar necessidades. Teve até que buscar um emprego um com fazendeiro do lugar, trocando abrigo por cuidar de seus corpos e do campo. Ele estava com tanta fome, que desejava até comer as lavagens dos porcos, mas ninguém lhe dava nada. E então, caindo em si, ele se questionou: "Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome?! Eu voltarei para meu pai e lhe direi: pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados!'.

E então logo em seguida, ele voltou e foi para seu pai. Este, o vendo de longe encheu-se de compaixão e correu para seu filho, e o beijou. O filho então lhe disse:  pai, perdoa-me, eu pequei contra o céu e contra ti, não mereço ser mais seu filho, trata-me como seu empregado! Mas o bondoso pai disse aos seus servos: "Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam um novilho gordo e assem. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos com seu retorno! Porque esse meu filho estava perdido e foi achado!"

Assim todos começaram a festejar... mas quando o filho mais velho que estava no campo e regressou foi questionar ao seu pai o porquê dele fazer uma festa a um filho que o abandonou, seu pai o respondeu: "meu filho, você sempre estará comigo, e tudo o que tenho é seu, mas seu irmão estava perdido e encontrou o caminho de casa... ele estava morto... e voltou a viver, conosco."

Adrien, que estava aos prantos deu um grande e ávido suspiro antes de tomar Marinette em um abraço, e enchê-la de beijos em seu rosto. Ele a segurou pela face dando um sorriso emocionado e sincero.

- Obrigada mais uma vez meu amor...!

-... não precisa agradecer. Quem me contou essa história foi Cristo.

- Eu sei, eu já podia imaginar...e se puder... agradeça à ele.

- Não meu amor, vamos nós dois, agradecer juntos.

O segurando pela mão ela fechou os olhos, e apesar dele não ter feito o mesmo,  a observava pois só era dessa forma, que conseguia enxergar à Deus. Através do rosto angelical da sua amada esposa.


-...obrigada meu senhor...

- obrigado...

- Pelo ensinamento...

- Por você, existir...

-...abençoe-nos sempre, para que realizemos seus planos...

-...e que nós dois, fiquemos sempre juntos.

- Amém...

-...assim seja.

Eles se olharam ao fim com um sorriso confiante, trocando um doce beijo antes de se levantarem e tomarem caminho à casa do pai de Adrien para o tão esperado jantar com ele.

Damned love   [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora