Damned love [Adrinette]

Shot in the dark

EU VOU ESCREVER ESSA FIC TAMBÉM AAAH

Desculpa os erros!

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Sangue. 

Havia muito sangue no chão. 

O barulho estridente ainda perturbava seus tímpanos. Uma explosão.

Da onde ?

Seus olhos avistaram um vulto se aproximar, mas não sabia quem era. Aliás, haviam vários deles perambulando para os lados, indo e vindo como se fossem sombras em meio da noite.

Que horas eram? Quem eram aquelas pessoas?

Onde estava Oliver? 

Por que seu coração não parava de bater forte no peito, como se quisesse sair correndo dali?

Podia ouvir uma gritaria se misturar com o silêncio do corpo morto em seus pés.

Aquele semblante ensanguentado, era familiar. Mas da ultima vez que o viu não se encontrava assim. 

Oliver sorria, os dois estavam brincando, falando as mesmas merdas de sempre... Bebendo, fumando... até que alguém se levantou... Houve uma briga, uma briga feia.

Oliver discutia com dois homens e por mais que ele se lembrasse de tentar apaziguar a briga, um deles sacou uma arma e de repente... A explosão. O sangue. O silencio. 

Um tiro vindo pelo escuridão que levou embora a vida do seu melhor amigo.

Sentiu o corpo inteiro vacilar como se estivesse na vibe da droga, de um entorpecente. Mas era puramente medo. Medo de morrer. 

- Puta que pariu... caralho....! 

Tentou mover as pernas, queria sair correndo mas não conseguia comandar suas estruturas.

Seus olhos eram os únicos que se moviam, atentos ao redor. Até que subitamente sentiu seus braços serem puxados bruscamente e aí, tudo se tornou negro como a mais intensa escuridão.

Só se lembrava de depois, estar sentado em uma cadeira fria, em uma sala fria na companhia de pessoas que exalavam a mesma essência.

Eram policiais, ele sabia, ele conhecia o tipo de postura. Já estave por diversas vezes em delegacias, mas naquele momento, se encontrava na posição de testemunha, uma vítima. 

Um homem indefeso que quase fora morto também. Não era para estar ali.

De qualquer jeito, não havia mais o que se fazer pois não conseguiu dizer nada além do que sua mente havia registrado: Desentendimento, briga, um tiro na escuridão. E seu amigo estava morto. Simples assim.

Antes de ser liberado, recebeu um copo de café e um cigarro. 

O que faria com aquelas coisas em suas mãos ensanguentadas pelo sangue de Oliver, não sabia dizer, muito menos para onde ir.

Que horas eram? 

Onde estavam as pessoas?

Onde se encontravam os vultos que o assombravam?

Não existia nada além de uma rua vazia e um frio cortante de gelar a espinha. Na sua companhia, apenas o copo de café e o cigarro. 

Caminhou pela rua, onde ela daria pouco o importava.

Talvez para o Rio Senna onde poderia se jogar naquelas águas torrenciais e mergulhar sua alma, afundar-se na tormenta e quem sabe por um milagre e Deus lhe fosse muito bom, não voltasse à superfície.