A second chance

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Mais um meus amores.

Boa leitura e desculpa os erros!

* ~~ ** ~~ * ~~ ** ~~ * 

Flores.

Tantas flores, várias delas voando ao redor, tomando o chão que pisava como se fosse um tapete perfumado e colorido, variando de tons azulados, rosados, dentre pequenos brilhos cintilantes.

Era um sonho bom, quente.

Não havia dor. Não havia se quer um pingo de falta de luz. Tudo era lindo demais, mas não tanto, quanto o sorrir do homem que estava gravado em sua memória.

Ao caminhar sozinha naquele mar de pétalas, respirando lentamente em paz, sentia a brisa que vinha do bosque espalhar seus cabelos dos ombros, recordando-se do seu amor.

Vagava esperando para que pudesse vê-lo mais uma vez.

- Eu... estou longe, não estou?

De repente, a presença que sentia consigo a um tempo, apareceu ao seu lado. Era uma mulher loira, trajando um vestido longo e branco, tão claro como o sol que iluminava as duas. A mesma sorriu, a tocando em seu ombro direito.

- Um pouco...

- E quando poderei voltar...?

- ...não falta muito, será em breve. 

- Entendo...

- Não se preocupe. Você ainda precisa se recuperar um pouco mais.

- ....e-eu... – sorrindo envergonhada, abaixou a cabeça. – ...fiz uma besteira não é? Eu quase que fui embora sozinha.

- Quase. Mas Deus, te deu uma segunda chance.

- ...eu não queria partir ainda...

- Não, ainda não era o momento.

- Não... sem poder vê-lo mais uma vez...tocá-lo, senti-lo comigo... eu quero ter uma vida ao lado dele...! 

A mulher, que também possuía lindos olhos verdes tais como do seu amado, deu-lhe o mesmo sorriso que ele possuía, como se estivesse agradecendo por amá-lo.

- Você terá.

Ela então também sorriu, virando-se na direção pela qual a mulher loira o fez, visualizando não tão distante, uma outra presença se aproximar.

Extasiada por conseguir distinguir a feição do único homem que fazia seu coração bater forte, a lembrando a cada minuto, cada segundo que estava viva, suspirou quando ele se aproximou depois de caminhar pelas pétalas de rosas, vestido apenas com uma calça branca.

- ...Adrien...

Ele em silencio, virou-se para a mulher loira sorrindo para ela, antes de virar para si e lhe dar um beijo em sua testa.

- Acorde meu amor, e volte logo para mim.

(...)

Adrien só regressou ao hospital depois que Félix o certificou que Marinette estava sobre seus cuidados. Chegando lá, ficou sabendo através do irmão que a situação da mestiça se encontrava estável. Ela havia sofrido algumas escoriações nos braços, umas lesões superficiais nas pernas, porém, como tinha batido com a cabeça no asfalto ao cair de lado deitada, ainda não havia acordado.

A visão dela, adormecida com o semblante sereno, tão calmo, o fez ficar tranquilo, apesar de sentir seu coração quebrado, despedaçado em ver a única mulher que amava, tão abatida naquela cama de hospital.

Queria tanto tirá-la dali, leva-la para sua casa para que só ele cuidasse dos seus ferimentos, e a fizesse acordar de novo. Assim, poderia olhar em seus olhos, ver o seu sorriso, acariciar seu rosto dizendo que a amava, e que morreu de medo de tê-la perdido para sempre.

Aliás, ainda estava morrendo de medo, e de desejo, de bem querer. A noite dos dois seria aquela mesma, pelo qual se encontrava na mais completa solidão, fumando um cigarro sozinho fora do hospital onde esperava por mais notícias.

Não queria ficar lá dentro, pois sabia que Bridgette ainda estava por lá. Aquela mulher não fazia a menor ideia de que suas palavras, tão irresponsáveis, ditas no momento mais inoportuno, o machucaram para valer.

Como ela poderia ter dito da boca para fora, que um filho dos dois, seria pior do que o acidente que Marinette havia sofrido?! Para o inferno! Com tudo.

Nada, o separaria do seu anjo, do seu amor. Ela ficaria bem, e quando isso acontecesse, estaria ali por ela, zelando pelo seu bem estar.

- Adrien.

Ao ouvir o irmão que se aproximou, levantou-se prontamente jogando o restante do cigarro no meio fio da calçada. O olhava na mais completa expectativa, esperando ouvir, o que tanto desejou naquela merda de dia e noite malditos...

...que era a benção que sua mãe havia conseguido com Deus, sendo transmitida, através da boca do seu irmão....

- A Marinette acordou.

Damned love   [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora