Faz tempo né, eu sei, mas estou aqui
Bora lá
Boa leitura e desculpa os erros!
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Apesar de não terem tido um casamento formal, assim que voltaram da viagem, Adrien e Marinette se apresentavam para as demais pessoas – e isso incluía seus irmãos mais velhos – como marido e mulher.Usavam a aliança que haviam trocado no casamento na praia e essa era a verdade, estavam casados e com o passar do tempo, mais unidos do que nunca. Acabou que resolveram alugar um apartamento pequeno no centro de Paris, mais perto do local onde Marinette trabalhava para irem morar juntos. Não era muito luxuoso, mas era perfeito para o casal que foi mobilhando aos poucos os pequenos espaços com o que já tinham.
Estavam felizes, mesmo que houvessem claras oposições com relação às notícias do casamento e da mudança. Muitas pessoas da igreja da mestiça que não haviam gostado da situação, procuraram Bridgette para questioná-la a respeito da postura da sua irmã mais nova.
Marinette que ficou sabendo da própria irmã mais velha sobre tais tentativas de interferência na sua vida, pensou em ficar triste, mas não teve tempo, pois a própria Bridgette, contrariando um pouco o que esperava dela, lhe disse que simplesmente respondeu à todos o que vieram fazer fofoca: Minha irmã está feliz e casada com o amor da vida dela, sei que Deus esta feliz com isso também, é o bastante.
Tanto para Marinette quanto para Adrien, foi um tanto surpreendente saber dessa resposta, e muito boa por sinal, o que os deixou mais certos de que estavam indo pelo caminho que seus corações haviam traçado.
Era isso. Dia após dia, viviam e cresciam naquele amor que só trazia coisas boas, o que acabou fazendo com que Adrien, que já trazia consigo desde o momento que se apaixonou por Marinette, uma reflexão um tanto aprofundada sobre os rumos da sua própria vida.
Ao lado da mestiça, ele enxergava o quanto havia estacionado, não evoluído em nada, quer dizer, bem pior do que isso, regredido nos seus passos.
Enquanto que ela trabalhava, estudava, frequentava a igreja nos domingos, tinha um hobby que era bordar e ler bons livros ao lado de uma xicara de chá, ele sentia dificuldades de passar um dia se quer sem beber e fumar, nem que fosse um copo de cerveja ao lado de um cigarro amargo.
Era uma merda. Uma decadência. Por que tinha se deixado levar tanto até chegar aquele ponto? Sentia-se frustrado, toda vez que ouvia Marinette dizer que iria participar de uma reunião importante, ou que faria uma prova na pós que estava fazendo, enfim. Olhando para si mesmo, ela era muito perfeita, uma princesa...um anjo, e ele, aquele típico demônio manchado, marcado por vícios e escolhas erradas.
Precisava mudar, fazer uma mudança drástica... mas pode onde? E como?
Depois de ter voltado para casa do trabalho, chegou mais cedo do que sua mestiça que estava ocupada naquela sexta, resolvendo os projetos do seu grupo da pós.
Olhou chateado ao redor, desejando um cigarro, mas preferiu tomar um banho quente para relaxar e assim fazer uma janta. Fez macarrão com molho branco e camarões frescos.
Ao se sentar na sala, para ver TV, bufou passando a mão no rosto, cansado, cheio de pensamentos ruins na sua cabeça, até que... notou em o terço sobre a mesinha perto do sofá onde estava.
Tentou desviar o olhar, pensando que não teria condições de fazer uma prece, mas ao voltar o olhar para aquele terço de madeira pelo qual Marinette havia lhe dado no dia que se casaram, respirou fundo, murmurando palavras para si.
-...me ajude... a ser um homem bom pra ela.
Foi no mesmo instante que terminou a frase que seu celular tocou. Ao se levantar, o pegou vendo o número antes de atender, o que fez seu coração pular no peito de tanto bater forte pelo nervosismo.
A quanto tempo não falava com aquela pessoa...
...por que estava ligando naquela hora....?
O que queria?
Será que Félix havia dito alguma coisa...?
Soltou o ar, ouvindo o toque do celular persistente perturbando a paz do apartamento em silêncio. Tinha duas opções: deixar tocar, ou atender e encarar todos os possíveis fantasmas amedrontastes do passado.
Virando apenas a cabeça, olhou para o terço, acabando por dar um sorriso sem poder acreditar que mesmo ainda muito incrédulo do que Deus poderia fazer na sua vida, ou se ele realmente existia, aquele entretanto, poderia ser um sinal de uma mudança boa, ou... aquela ajuda que estava pedindo agora a pouco.
Por tanto, após soltar o ar pela boca, colocou o celular no ouvido com o olhar preso ao terço.
- ...alô.
- ....Oi Adrien.
- ...oi...pai.
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Damned love [Adrinette]
RomanceAdrien era um homem perdido na vida e andava sem rumo, fazendo escolhas erradas até que uma noite envolvido em uma briga de bar, viu um dos seus melhores amigos ser morto diante dos seus olhos. Aquela imagem o fez entender que precisava mudar o seu...