Damned love [Adrinette]

Sacred smile

 Oieee

Mais um hoje, pequenininho pq eu cansadinha. Espero que gostem.

Desculpa os erros.

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Quando a missa acabou, Marinette foi direto na direção de Adrien que continuou acuado, com uma das mãos na calça jeans a vendo caminhar apressada na sua direção, toda sorridente.

Seu coração apertou no peito.

Não podia mais esconder de si mesmo. Estava se apaixonando por Marinette. Havia se apaixonado por ela da maneira que não desejava que acontecesse, porque não poderia tê-la da forma que aquela mesma paixão, consequentemente, iria exigir conforme passasse o tempo. À medida que a visse, e a tivesse próxima, sentindo do seu doce perfume, admirando aquele sorriso gentil, seus cabelos soltos ao vento.

Seria perfeito se pudesse ter o direito de abraçá-la, tocá-la em seu rosto e beijar seus lábios. Mas isso seria tão perverso, ultrajá-la assim, com a sua boca imunda, fedendo a tabaco, a palavrão, a coisas ruins.

Era como havia constatado – Marinette era um anjo que merecia um homem que iria levá-la a igreja todos os domingos, que iria fazer com ela uma família linda, amorosa, limpa. Ela não merecia um homem que só tinha escuridão em seus pensamentos e que escarnecia em silêncio, daquele Deus pelo qual ela acreditava.

- Adrien...! Desculpe a demora, e me desculpe...

- Não me anjo, não precisa se desculpar por coisa alguma. – a interrompendo, sorriu limpando a garganta e a mente. Não deveria transparecer qualquer sombra dos seus sentimentos diante daqueles olhos azuis meigos.

- Obrigada...Eu sei que deve ter sido um pouco chato né, mas eu fiquei muito feliz de te ver aqui até o final.

- É claro que eu ficaria, eu fiquei por você.

O coração de Marinette sobressaltou quando o viu falando tão sério, mas ao mesmo tempo, tão sincero e carinhoso. Ah sim, sempre com aquela voz cheia de ternura. Estava se desmanchando por dentro. Se Adrien não a segurasse logo, seria capaz de escorrer ali diante dele, cheia de amor, de vontade....de tesão até.

Droga.

Ainda que estivesse dentro da casa do Senhor, era inevitável olhar para aquele homem tão bonito, tão gentil e não sentir um querer por ele, que a induzia a pecar já em pensamento.

Deixou o ar sair lentamente entre a boca quando o viu se aproximar, para que pudesse lhe falar baixinho.

- Você vai ficar com eles meu anjo...?

Os dois olharam rapidamente na direção de um aglomerado de pessoas mais adiante que riam, conversando e se entendendo. Era de costume todos do coral irem almoçar juntos depois da missa aos domingos. Marinette gostava de acompanhá-los, apesar de ter que ver Luka por perto ao lado de Kagami, sentia-se feliz em volta dos seus amigos.

Só que naquele momento, não queria estar com nenhum deles, nem mesmo com o próprio Luka. Queria estar sozinha e ficar sozinha com Adrien, voltar para o quarto de hotel para almoçar com ele, deitar na cama ao lado dele, ver um filme, trocar beijos, chamegos...

Fazer amor.

A tarde inteira.

Noite a fora.

Ele ainda estava muito próximo...

Que perigo.

- E-eu não-

- Mari!!! Vem cá! A gente precisa decidir algo importante!

As têmporas da mestiça logo se franziram em repreensão. Não queria ir, mas se fosse, queria levá-lo junto!

- Adrien eu...

- Vai lá meu anjo, vai lá ficar com a sua galera.

- Mas você...

- Eu não vou. Nem adianta tentar. Esse não é o meu lugar, aquela não é a minha gente. Eu não tenho nada a ver com isso aqui.

Ao ouvir aquelas palavras tão diretas, Marinette abaixou a cabeça um pouco chateada, pensando que estava incluída naquela sentença "essa não é a minha gente", até ele elevar seu rosto através do queixo.

- A única coisa que me fez entrar de novo nesse lugar, foi você...

- E-eu...

- É meu anjo, mas também não quero estragar seu domingo.

- Não, não esta...!

- Eu vou embora. Aproveita bastante com eles lá, depois a gente fala.

- Mas Adrien eu...!

- Ô Mari!!

Que saco, queria dar um berro, gritar para que não a chamassem de novo! Não queria ir com ninguém ali, só com Adrien que a pegou por uma das mãos e lhe deu um beijo, dando uma piscada.

- Posso te pedir uma coisa antes de ir...?

- O que...?

"Ah eu não posso te pedir tudo o que eu desejo meu anjo, porque acho que não poderia entrar mais uma vez na sua igreja depois que eu terminasse de te amar como o meu corpo exige." – Eu anseio... sonhar com você essa noite. Posso?

- Sonhar comigo... quanta ternura.

- Você me cativa a ser assim, mas só você. Eu irei sonhar contigo.

- Eu até aceito, mas só se você me contar, qual será o sonho...

- O mais bonito, aquele que eu e você estamos sozinhos em meio as flores que fazem parte da sua alma bonita. Fica bem meu anjo. Eu vou indo nessa.

Mais um beijo ele deu em sua mão, saindo logo em seguida, pegando a chave da moto do bolso e ascendendo um cigarro ainda dentro dos portais da igreja.

Não olhou para trás, porque não poderia vê-la. Não iria resistir em pegá-la pela cintura, colocando-a em seus ombros até leva-la consigo. O que iria acontecer depois, era o grande problema. Não teria outro lugar que poderia ir, a não ser, a cama mais próxima.

Ao se sentar na moto, praticamente jogando-se, olhou para o majestoso prédio da igreja na sua frente, soltando a fumaça do cigarro com um pesar terrível no coração.

- Eu não presto. – sorriu abatido ao olhar o crucifixo gigantesco de pedra acinzentada. – Mas isso não vai me impedir de estar ao lado dela. Nem você, nem eu mesmo, nem ninguém.

Jogou o cigarro para o outro lado, sem colocar a porcaria do capacete para dar partida na moto e sair dali o quanto antes.

Enquanto dirigia para longe, sumindo dentre as ruas de Paris, não poderia imaginar que havia deixado uma mulher completamente apaixonada por si, tendo que fingir sorrisos para outras pessoas, quando na verdade, ela queria compartilhar daquele sorriso sagrado somente com o homem que estava tomando o seu coração.