Ah gente eu fiquei tão feliz com o feedback de vcs que eu não pude resistir em escrever mais um cap. Bom, ta pequeno mas ta aqui. Boa leitura e desculpa os erros
Se puderem sempre comentar e curtir vão me deixar muito segura de continuar com esse plot, pq eu vou saber que vcs estão gostando. Obrigada :3
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Lá pelas oito, Marinette acordava abrindo os olhos lentamente e logo sentindo-se um pouco dolorida por ter dormido em uma cama que não era a sua. Suspirou ao olhar para o teto, criando forças para se sentar, até ouvir a voz masculina, um tanto sonolenta, a cumprimentando.
- Bom dia meu anjo.
Quase como um pulo, instantaneamente endireitou as costas para se sentar e fita-lo sorrindo sentado em uma das cadeiras que tinha junto a uma pequena mesa mais adiante. Um rubor pintou sua face quando o viu de pernas cruzadas com um dos pés sobre o joelho, sem camisa, e tomando café em uma xícara branca. Para completar a visão do paraíso, o diabo deu-lhe uma piscadinha com aquele rostinho inchado de sono.
- Dormiu bem?
- Uhum.
- Vem cá tomar café da manhã comigo, acabei de pedir pra gente.
- Senhor gostaria de agradecer por estar viva, obrigada, amém.
- Que?
- Ah...ééé.. haha... que adorável Adrien, muito adorável da sua parte de ter perdido o cafékya! D-d-da manhã pra gente...! – quase caiu da cama no momento que saía enquanto tentava falar alguma coisa.
Além do seu corpo inteiro estar fisgando com uma dorzinha chata, acordar e se deparar com a principal tentação dos seus desejos profanos, e da sua vontade de amar desesperadamente alguém a convidando para tomar café, só desestabilizava o seu pobre coraçãozinho.
Como se não bastasse, Adrien se levantou munido de um biscoito salgado com manteiga e a sua própria xícara de café caminhando na sua direção com aquele andar sexy. Marinette pensava consigo – acho que ele nem deve fazer ideia, do quanto é bonito assim quando acorda.
- Você fica tão linda quando acorda meu anjo. – falou ele, quando se aproximou. – Esta com fome?
Sua boca carnudinha e masculina encontrava-se tão perto que dava para sentir a quentura da respiração. Era de matar.
- S-sim. – e ela respondeu, querendo dizer outra coisa, pois sua fome na realidade tratava-se de um beijo.
- Então abre a boca.
Marinette abriu tímida e ele sorriu, dando o pedaço do biscoito de forma delicada. A viu fechando os lábios e degustando do petisco como se fosse uma criança adoravelmente linda. Teve que elogiar, pagear ainda mais seu bibelô.
- Fofa.
- Eu não...
- É sim. Toma esse café, esta muito bom.
- Uhn, deixe-me experimentar. – ela então pegou a xícara de suas mãos, roçando os dedos nos dele, o que rendeu ao seu corpo choques elétricos. "Que Deus me ajude!" Pensou aflita, sorrindo ao beber do café um pouco amargo, fazendo careta e o vendo rir também. Era um perigo vê-lo sorrindo tão lindo assim. Era muito tentador, para não dizer, injusto demais.
– Esta sem açúcar...
- É que eu tomo desse jeito. Desculpa, não avisei.
- Não tem problema....aqui está. Eu só vou lavar o meu rosto e já venho pra tomar café contigo, ta bom?
- Perfeito.
Sendo assim, seguiu para o banheiro onde lavou o rosto e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e charmoso, sentindo-se de fato bonita naquela manhã. Era porque estava feliz. E sentiu-se muito, mas muito feliz – apesar de não gostar de cigarros – quando voltou a ver Adrien.
Ele estava de pé perto de uma das janelas abertas do quarto, recostado segurando a xícara de café enquanto a outra mão levava o cigarro à boca. A fumaça que saía dos seus lábios bonitos contrastava com a luz tímida do sol, que desenhava seus cabelos loiros e aguçava a cor levemente bronzeada da pele dos seus ombros largos, das tatuagens dos braços da barriga malhada e perfeita.
- O que foi meu anjo? Parece que viu um fantasma? – ele a perguntou com um sorriso terno, gentil, sempre com aquele tom de fala carinhoso.
Ah um fantasma? Não, não Adrien. Não era um fantasma, mas sim, um diabo em forma de homem que estava levando ao delírio seu coração e seu corpo em conjunto.
Teve de segurar onde estava para não caminhar na direção dele, colocando as mãos em seus ombros e lhe confidenciar que, no fundo, não era um anjo tal como o Senhor e ele mesmo esperava que fosse. Dentro do corpo daquela pessoa tímida e reprimida, havia uma mulher louca, sedenta para receber amor, paixão, desejo... e que Deus tivesse piedade da sua alma, porque estava se entregando cada vez mais e lentamente, à essa necessidade.
- Marinette?
- Adrien... é que... eu vi que estava sol e fiquei pensando que talvez hoje não chova mais.
- Uhn, acho que não hein meu anjo, esta um pouco frio e parece que esse sol é passageiro.
- Que pena...
- Por que?
- Quer dizer, hoje é domingo e a gente poderia passear mais... espera.
- Mas isso não é problema, a gente pode sair mesmo assim.
- Hoje é domingo.
- Uhum.
- Domingo é o dia do Senhor.
- Uhhnn.... eu sei lá.
- Domingo é dia de missa...!
- Mari...eu...?
- Adrien, que horas são?!
- Oito e trinta....
- Aaaah que booom! Ainda da tempo de eu tomar café contigo e ir pra missa.
- Huuum... menos mal, pensei que ia me largar pra sair correndo por aí.
- Não não... – disse agora tranquila, sentando-se na cadeira e servindo-se de uma xícara de café. – Ainda dá tempo, a missa é só às 10 horas.
- Sem problemas, então eu te levo lá. – ao caminhar de novo até ela a pegou por uma das mãos, enquanto fumava com a outra. – A não ser que você não queira, por ter vergonha e não querer arranjar encrenca com os seus amiguinhos.
- Não, não pense assim. Não vai ter problema de me levar lá.
- Mesmo se eu quiser ficar lá dentro? Porque eu sei que você vai cantar e eu vou querer te ver.
- Sim Adrien, eu vou mas... se você quiser ir, terá que se comportar melhor. A igreja vai estar cheia.
- Uhnn... – ele sorriu de lado, acariciando o rosto da mestiça que o olhava na expectativa. – Muito bom ter aquela igreja cheia.
- ...Por que?
- Porque quanto mais gente vendo nós dois juntos é melhor pra mim. Eu quero que as pessoas saibam, que só eu tenho o privilégio de te ter ao meu lado, meu anjo.
- Entendo....
Marinette sentiu o corpo inteiro vacilar apenas pelas carícias e fala daquele homem. Se pudesse completar sua frase, também lhe diria e isso já fazia parte de um desejo proibido que não ousava pecar, por ter medo das suas próprias armadilhas internas.
"Já que você quer que as pessoas nos vejam juntos, me beije e profane os meus lábios quando chegarmos na igreja, para que todo mundo seja testemunha, que eu me apaixonei pela minha própria perdição."
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Damned love [Adrinette]
RomanceAdrien era um homem perdido na vida e andava sem rumo, fazendo escolhas erradas até que uma noite envolvido em uma briga de bar, viu um dos seus melhores amigos ser morto diante dos seus olhos. Aquela imagem o fez entender que precisava mudar o seu...