Eu não consigo parar. Me ajuda Deus!
Boa leitura e desculpa os erros
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Para que não tivesse que segurá-lo acabando por ferir mais a sua mão enquanto estivesse pilotando a moto, Adrien pediu para que Marinette o aguardasse sentada em um dos bancos da praça, indo sozinho a qualquer farmácia mais próxima. Foi e voltou com a mesma velocidade, trazendo ataduras e um spray antisséptico.
Voltando a se aproximar dela, a viu olhando para si com os olhos ainda muito confusos, manchados pelas lágrimas, inchados pelo choro, ainda por cima, com aquela mão machucada e sangrando. A imagem era horrível, odiava vê-la desse jeito. Sentou-se perto o bastante para pegá-la em sua mão, começando a limpar o ferimento que não era muito profundo, mas o bastante para sangrar.
Friccionou o queixo, irritado. A cor do sangue que escorria suavemente pelos pequenos orifícios que haviam magoado a sua pele, causava em si mesmo uma resolta, uma vontade de se levantar e gritar com o causador daquele sangue.
- Me avise se estiver te machucando...
- Não, não esta... – ela sorriu enquanto o observava a cuidar de si, com aquele rosto ainda que muito sério, carregado de atenção e zelo. – Você esta sendo muito gentil, como sempre.
- Eu gosto. – de repente, por tê-la ouvido falar bem de si, e por sentir sua voz mais calma acabou dando um sorriso mais aliviado. – Gosto de cuidar de você meu anjo, mesmo que eu tenha te pedido pra cuidar de mim.
- Eu não estou conseguindo fazer isso não é?
- Quem disse que não?
- Te fazendo se preocupar comigo, não é zelar por ti... pelo contrário.
- E quem disse, que o meu cuidado por você, interfere na minha vontade de te ter olhando por mim? – ditou a pergunta, encarando seus olhos de maneira certeira. – É uma troca. Eu só estou retribuindo.
O coração de Marinette batia tão forte no peito que ela sentia como se fosse desmaiar.
Nem com as encaradas de Luka, de quando estavam juntos, cantando, louvado a Deus, e quando ele a enchia de mimos, elogios, a faziam treme e temer tanto por um sentimento como estava ocorrendo com Adrien. Era muito intenso, de tal forma, que se sentia devastada por aquela sensação. E saber que ele a amava... Céus, a fazia se perder cada vez mais.
O que era aquele amor que ele dizia sentir? Era o mesmo que estava sentindo, ou apenas, uma profunda e casta admiração?
Poderia dizer que se tratava do mesmo amor que sentia por ele? O amor de uma mulher com relação a um homem? A paixão, a vontade, o desejo por um beijo, por sexo, pelo pecado.
De se condenar, fazendo a coisa certa que era amar ao próximo... Onde morava a justiça nessa contradição?
- Não sinto, que essa troca esta sendo igual para nós.
- Como assim?
- Esta se doando mais para mim, do que eu para você.
- O que quer dizer?
- Eu...acho que é melhor, conversarmos em um lugar mais reservado. Tenho que ir ajudar a minha irmã com o jantar. O que acha de irmos jantar lá na minha casa, e depois, dar uma volta?
- Por mim, tudo bem. O que desejar, eu vou fazer.
Sendo assim, seguiram para a moto onde Adrien a ajudou a se colocar sentada, tendo que perguntar antes de dar a partida.
- Esta sentindo alguma dor?
Com o rosto perto dele, ainda que por de trás do capacete, ela sorriu negando. - Esta tudo bem.
- Então vamos.
Partiram, indo primeiro rapidamente ao mercado, pois Marinette precisava comprar algumas coisas a pedido de Bridgette, que não estava em casa no momento que chegaram, e nem atendia o telefone, ou respondia as mensagens.
- Deve estar ocupada no trabalho. Teve que fazer hora extra hoje.
- Eu entendo, o meu irmão também trabalha muito, até finais de semana.
- Seu irmão...? Você nunca me falou muito sobre ele...
- Não há o que falar, eu o odeio, ele a mim. É isso.
Um silêncio carregado pesou na sala enquanto que Adrien olhava pela janela, e Marinette o observava a poucos passos atrás. Preocupada, triste por aquelas palavras. Queria conversar mais um pouco sobre isso, mas sentia que se forçasse muito o assunto, poderia causar algum tipo de indisposição, o que naquele instante, estava longe de desejar.
- Enquanto a gente espera a Bridge, vamos para o meu quarto. Lá poderemos conversar mais a vontade.
Seguiram juntos, com ele indo mais atrás até adentrarem a um cômodo relativamente pequeno, mas confortável. Além de ser organizado, com uma cama de casal grudada a uma parede coberta por um lençol rosa de renda, uma penteadeira branca assim como uma escrivaninha pela qual havia um notebook. Sobre a cama, preso no teto, um crucifixo de ouro.
- Seu quarto é todo você meu anjo. Bonito,leve, cheiroso...e...santo. – Adrien teceu o comentário após dar uma olhada em volta com uma das mãos dentro da calça.
Ao fechar a porta, Marinette suspirou mantendo o olhar para esta de costas a dele. Passou a mão pela madeira fria e branca, raciocinando o que deveria dizer. Sua mente estava confusa, seu coração a mil, não conseguia ter uma visão clara dos seus próprios anseios e pensamentos.
- Eu agradeço. – limitou-se a responder, virando-se para se recostar com as duas mãos para trás. – Se quiser se sentar, fique a vontade.
O loiro deu um pequeno sorriso sentando-se em uma cadeira que pertencia à escrivaninha. Olhou para Marinette que parecia acuada, e lhe estendeu uma das mãos para que viesse ao seu encontro. Ela acabou cedendo, indo em passos lentos até ele que a segurou pela mão machucada, dando-lhe um beijo.
O beijo, que foi criando mais vontade, à medida que a induziu abrir sua mão, para que a beijasse sobre o curativo. Foi acariciando com os lábios por toda a região, deixando o ar quente sair da sua boca ir direto ao encontro da pele abafada pela fina gaze que colocou ali no intuito de estancar o sangue.
Marinette que o observava maravilhada a beijando de perfil, cerrou os olhos, soltando a respiração devagar. Adrien era o homem mais lindo, mais cativante que já tinha conhecido. Não poderia mais resistir àquele amor. Precisava se entregar, e que Deus a perdoasse, por querer amar de novo a pessoa errada.
- Adrien, eu...
- Shiii não fale nada meu anjo, só me permita continuar amando a sua pele, te beijando dessa maneira...
- Os seus lábios são muito quentes...são macios...
- Você gosta do toque deles?
- Uhum, muito...!
- Então feche os olhos, e sinta... todo o amor que eu sinto por você.
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Damned love [Adrinette]
RomanceAdrien era um homem perdido na vida e andava sem rumo, fazendo escolhas erradas até que uma noite envolvido em uma briga de bar, viu um dos seus melhores amigos ser morto diante dos seus olhos. Aquela imagem o fez entender que precisava mudar o seu...