Damned love [Adrinette]

Don't give me flowers before you break my heart

Os pitico tão tudo desorientado gente

Eu iria atualizar só amanhã mesmo, mas eu não to me aguentando então TA AQUI HUASHUAHUSHU

Boa leitura e desculpa os erros!

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- Meu anjo eu...

- Por favor Adrien... me dê um pouco de espaço.

Ainda que relutante, para que Marinette não se afastasse, Adrien a segurou pela cintura, pedindo com o olhar para que não entendesse as coisas errado...

O que havia então para entender de certo?

Aquela era a verdade. Havia sim dito para o irmão mais velho que iria se casar com ela, só porque sabia que ele iria contar à sua irmã também. Para piorar, no momento, nem pensou em como isso poderia soar, ou até mesmo se iria chegar aos ouvidos de Marinette como chegou.

Naquele momento diante dela, não sabia o que dizer, o que fazer. Tudo o que queria, desesperadamente, era que ela não ficasse com raiva, e nem que se afastasse... por mais que soubesse, que ela já estava se afastando, a medida que ia caminhando de cabeça baixa, segurando um ramalhete de flores, como se tivesse sido abandonada em um altar que nunca existiu, por um noivo, que nunca a pediu em casamento. A imagem dela assim triste, era de cortar o coração. A tal ponto que sentiu uma louca vontade de fazer uma outra besteira, de segurá-la pela mão e lhe dizer que não precisava se importar com casamentos, que isso era uma grande bobagem, que só bastava os dois e nada mais. Se falasse isso a ela seria pior. Teve certeza, quando a própria Marinette começou a falar.

- Sabe Adrien... – ela suspirava abatida, pesando em sua fala. O loiro fechou os olhos recostando-se na moto para ouvir. Porra, por que tinha feito aquela merda?! - ...Quando... eu ouvi o seu irmão, dizendo que tinha dito à ele que iria se casar comigo... eu me enchi de felicidade... tanto... que não pude nem ficar de pé.

- ...eu não imaginava... que iria levar tão a sério...

- Não imaginava? – virando-se para ele, com o semblante totalmente decepcionado, segurava as flores brancas com tanta força, que os espinhos passaram a espetar seus dedos. – Não imaginava que eu não iria levar a sério, sabendo que o homem que eu amo estava intencionado a se casar comigo?!

- Sim Marinette! Quer dizer, meu anjo... a gente acabou de se conhecer... eu não tenho dúvidas que te amo... só que...

- Casamento...não é? Casamento é uma palavra muito forte, não é isso...?

- Marinette, por favor tenta me entender...

- Entender o que Adrien?! Que você só disse que iria se casar comigo só pra deixar o seu irmão e a minha irmã loucos da vida! Mas não pensou só um pouquinho, nos meus sentimentos?!

- Eu lá achava que você iria saber Marinette? Meu amor...! Por favor me escuta...! Olha aqui pra mim...!

Por mais que tentasse segura-la pela mão, Marinette não o deixava, fugindo, desvencilhando. Não adiantava. Ela não iria ouvir, e ele, estava perdido.

- Não quero Adrien...!

- Mas por que isso agora Marinette?!

- Porque você não deveria ter brincado comigo assim! Não deveria ter me utilizado para afrontar o seu irmão! Nem a minha irmã Adrien! Isso foi muito baixo da sua parte...

- Não, não diga isso... você não meu anjo...

- Eu preciso dizer Adrien, porque você foi...infelizmente. E eu achava, que você jamais agiria assim comigo... – ao elevar o ramalhete com uma das mãos, percebeu-se que um tanto da sua pele sangrava. De forma que sempre fora muito fácil de se cortar, qualquer raspão mais brusco já era o bastante. Não somente sua pele, mas também sua própria alma e coração.

Ao ver aqueles pequenos filetes de sangue , Adrien angustiou por dentro, sentindo-se pela primeira vez depois de muito muito tempo, a pior pessoa do mundo. O pior de todos os homens... Por ter feito um anjo sangrar. O seu anjo. Aquela que havia prometido a si mesmo que não iria machucar. 

A ele então ela entregou as flores, o mirando com os olhos marejados. - ...não me traga rosas... antes de quebrar o meu coração...

- Marinette, eu não imaginava que as minhas palavras iriam te machucar tanto...

- Mas machucaram... – dando mais um suspiro magoada, deixou uma das lágrimas que viram a seguir deslizarem por seu rosto pequeno. – Machucaram muito, porque todos os homens que eu amei, nunca quiseram nada comigo... eu nunca fui uma opção para eles...!

- Não é isso meu amor...!

- Agora, quando eu achei que alguém finalmente iria me assumir, que iria me dar o que eu sempre quis que era uma família, um futuro juntos, lado a lado, diante dos olhos do meu Senhor...! Esse alguém, esse homem que me disse que eu era única... que eu era o anjo dele...só se utilizou dos nossos sentimentos, para aguçar uma briga estúpida...!

- Marinette...meu amor.... por favor me perdoe...

- Eu vou embora. Não quero mais vê-lo, não agora, e nem amanhã... deixe-me sozinha um pouco com o meu coração, com as minhas orações...!

- Não, eu não posso, eu não consigo te deixar sozinha... eu não consigo ficar sozinho sem você! – indo em sua direção, a pegou pelos braços, deixando que as rosas caíssem no chão espalhando algumas das suas pétalas sobre o asfalto molhado. – Você não tinha dito que o meu coração é a sua casa? Pois o seu coração, também é a minha! Se você for agora... vamos ficar desabrigados!

- Você não entende!

- Não, você que não entende!! Esqueça essa merda de casamento, esqueça tudo, esqueça qualquer coisa que possa nos afastar!! O que me importa é só você, e unicamente você!

- Se eu fosse a sua prioridade...! Você não teria feito isso, já teria previsto que o casamento, o nosso casamento jamais seria... isso que você falou. Adrien, como pode não entender o meu ponto de vista? Eu sou uma pessoa temente a Deus, e o casamento é a coisa mais linda que pode acontecer entre duas pessoas que se amam! Você... não... você não vai entender. A sua visão de vida, é muito diferente da minha... é isso mesmo... Ah meu Deus...! Por favor Adrien, eu vou embora... não me procure mais, até que eu te procure de novo...!

- Marinette, meu anjo, você me pediu pra eu não ir embora, eu jamais irei te deixar... então estou te pedindo a mesma coisa!

- Não, eu não posso fazer... estou muito magoada contigo... – tirando do seu braço a mão dele que a segurava, virou-se para correr na direção contrária. 

Adrien por sua vez, no momento que a viu correr subiu na moto, pensando ir atrás. Entretanto, seu corpo gelou como uma pedra, e seus olhos, marejados pelo frio, pela raiva de si mesmo, se fecharam, junto ao punho que se bateu contra um dos guias da moto. 

Fazia anos que sabia ser um homem perdido em sua vida, mas nunca como naquele momento antes, sentiu-se tão só e desesperado, por ver uma pessoa correndo de si, se afastando, sem que pudesse fazer nada além... de chorar por ela.