Berserkir - Parte 1

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Hey!

Perdão pela demora. Minha vida tá meio bagunçada e saúde mental anda tão extinta quanto os dinossauros últimamente.

O próximo capítulo vai sair ainda essa semana, eu só estou revisando e dando mais alguns retoques. Eu estava pensando em postar as duas partes juntas, mas quando a contagem de palavras já estava perto das 50 mil, achei melhor dividir para não ficar maçante. E não demorar mais para postar o que já estava pronto.

Então, relaxa aí. Pega uma pipoca e um refri, e comecem com as teorías que eu adoro.

Clarke estava em um lugar sombrio

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Clarke estava em um lugar sombrio. Ela não estava dormindo, não estava alucinando, era real, e ela estava lá sozinha. Sentindo o mesmo vento gelado sacudindo as cortinas por toda a noite e pela manhã, vendo o Sol se arrastar quase miserável pelo chão de madeira clara para encontrar a lateral da cama de casal, do lado onde Lexa deveria estar, para finalmente alcançar o seu. Mas não, o colchão estava vazio e ainda úmido de suor febril, a vela havia caído no chão ao lado da mesinha de cabeceira e apagado. As cortinas tortas e rasgadas se sacudiam como fantasmas em uma visão confusa em sono, cansado, doença e tristeza. Clarke não quis olhar as estrelas, não quis apreciar a paz da noite ou a calmaria do nascer do Sol que raramente pode ver nos últimos dias – o céu limpo era nada mais do que um milagre no Norte, e nem mesmo isso ela teve vontade de ponderar antes de se enfiar no canto mais escuro do quarto, sentada na mesma cadeira velha que Lexa estava antes, apertada contra a parede como que com medo da luz. De despertar com o mundo real.

A Rainha ficou calada por horas, chorou por outras mais e agora restava nada. Nem um sinal de emoção em seu rosto além do branco da desilusão. Se sentou naquela cadeira procurando por explicações, tentando adentrar a mente de Lexa da maneira mais distante e patética que pudesse, uma que não se igualava em nada com que ambas compartilhavam, mas era tudo o que lhe restava. Clarke compreendia as razões, ela apenas não podia entender o como de Lexa ter partido.

Depois que os gritos cessaram, foi quase como se existisse nada do lado de dentro. Ninguém vivo, nem mesmo um cadáver. Apenas o vazio de alguém que já havia pisado naquele chão antes.

Clarke contou. A rigidez dos braços da cadeira magra sob o poder enraivecido de seus dedos. A vela caída no chão claro. A cortina arruinada se sacudindo no vento. A cama vazia com lençóis bagunçados exatamente como havia deixado no momento em que correu para tentar alcança-la. O espelho de mão em madeira talhada, aos pedaços rente a parede. Seu reflexo distorcido nas rachaduras.

Por que? Por que Lexa partiria daquela maneira, sem lhe dar esperanças ou o simples direito de escolha? Elas eram casadas a tantos anos afinal, aquilo deveria valer de alguma coisa. Lexa e Clarke. Clarke e Lexa. Um time. Uma equipe... Duas metades de uma sincro-

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