Decay - Parte 2

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Hey!

Quem sentiu minha falta? Mil perdões por ter sumido tanto tempo, esse ano começou uma loucura e o fim do último foi do mesmo jeito. Mas enfim, não vou gastar muito tempo com isso.

Desculpem pelos erros! Não tive tempo de revisar tudo!

Exatamente 75 mil, trezentas e cinquenta e três palavras para vocês. Então, vai lendo devagar, absorve os detalhes e não me odeiem tanto no fim...

Boa leitura!

ATO II

"Eles eram estrelas nesse palco.

Cada um tocando para uma audiência de dois".

- Os Belos e Malditos, F. Scott Fitzgerald

Clarke caiu. E caiu. E caiu um pouco mais. Ela se lembra de ser joga para trás, um milésimo de segundo – o golpe forte, um pulso que nocauteou não só sua consciência, mas o fôlego para fora de seus pulmões, muito antes de cravar sua coluna na parede do banheiro. Não tinha teto, não tinha escombros, pedaços da pia ou cacos. Ela caiu e ainda que fosse mais macio, os grãos de areia dourada que foram para todos os lados, incluindo dentro de suas roupas; ainda era desconfortável.

Clarke bateu com o topo da duna, pendeu para trás e seu corpo foi rolando e rolando, ela já tinha areia grudada pelos cantos de sua boca, arranhando em sua gengiva e interior de sua bochecha. Não ajudou ter parado com a cara enfiada na areia quente, a postura acabada de quem acabou de levar uma surra. Clarke ficou parada por um meio minuto, não sabendo ao certo o que havia acabado de acontecer, mas assim que sua mente voltou aos eixos ela levantou depressa. Cuspindo areia, tentando se livrar da areia em seus olhos, no seu nariz e cabelo. Ela ficou de joelhos no chão dando batidinhas do lado da cabeça, se livrando de um bom punhado no ouvido esquerdo e finalmente ficou de pé, batendo seu corpo.

- ...Lexa?

Clarke estava sozinha, de onde caiu não havia porta, não havia nada. Sem nuvens no céu, sem sombra. Ao menos ela não chegou ali desprotegida, sua roupa deu um jeito de tentar lhe dar o mínimo para não sofrer os efeitos do Sol. Mas não era exatamente o que ela esperava.

- Mas que... merda... Oh, não de jeito nenhum. – Ela reclamou assim que notou os sapatos pontudos que vestia.

Calças largas de tecido fino meio amarelado, uma faixa amarelada contornando sua cintura para sobrar na sua lateral como um acessório. Sua camiseta tão larga quanto o resto, mas não o suficiente para faze-la se sentir como um saco de batatas surrado pelo deserto, era branca com linhas avermelhadas. Não pareciam ter nada de especial, eram simples e cumpriam seu trabalho. Sem joias, sem alianças no dedo. Enquanto olhava ao redor, confusa com o que vestia, duas trancinhas de seu cabelo bateram em seu pescoço, a fazendo examina-las. Eram tranças diferentes e bem feitas, minúsculas e apertadas com pequenos cordõezinhos de dourado, também foram feitas só de um lado da sua cabeça.

No pescoço, e amassando o resto do cabelo louro atrás da sua nuca, um lenço grande de tecido grosso e acinzentado, talvez fosse um azul escuro desbotado, Clarke não tinha certeza. Suas laterais volumosas se acumulavam atrás da cabeça e a deixavam se sentindo meio sufocada com o modo com que rodeavam seu pescoço. As bordas batidas e gastas despencavam de seus ombros como uma capa. Clarke tateou em seu corpo, se livrando do tecido com um bufar acalorado para o Sol queimava no topo da sua cabeça loura.

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