FINITUS

Shady

Hey!

Eu sumi, mas voltei com um capítulo EXTREMAMENTE longo como pedido de desculpas. Cheio de altos e baixos, como prometido. Tive um bloqueio criativo de dias, depois comecei a escrever um monte do nada e eu meio que acabei com o maior capítulo de todos os livros (até agora). Mudei o final uma porção de vezes, também pensei em dividir o capítulo em dois, mas depois eu percebi que não faz muito sentido, então ficou gigantesco assim mesmo.

Mil perdões pela demora, leiam com calma que tem bastante detalhe importante. Erros podem ter escapado da minha revisão, desculpa.

Sem mais delongas,

Boa leitura

;)

•

•

•

"Nós, também, nascidos para a liberdade e acreditando na liberdade, estamos dispostos a lutar para mantê-la. Nós, e todos os outros que acreditam tanto quanto nós, preferimos morrer de pé a viver de joelhos".

- Franklin Delano Roosevelt.

•

•

•

O Sol já estava de pé do outro lado da janela, sua cor e luminosidade escorrendo para dentro do quarto entre as cortinas e deslizando pelo chão gelado para alcançar os cobertores bagunçados da cama grande e morna em conforto. A canção caótica da cidade assoprava longe na atmosfera, longos e longos metros abaixo do prédio mais alto em toda Nashville. Nuvens deslizavam no horizonte tão lentamente quanto Clarke acordava sob o olhar verde e doce de sua esposa.

Lexa sorriu pequeno, uma risada baixa e aerada escapando de seus lábios rosados, bochechas um pouco coradas e ela nem sabia porquê. Talvez fosse Clarke, espiando preguiçosamente e sorrindo por encontrar o conhecido olhar devoto de tantos anos. Ou, talvez, fosse o silêncio leve que as rondavam depois de tanto tempo. A facilidade das coisas que pairava no ar. O amor. Seja lá o que fosse, Lexa não era contra. Ela podia passar horas naquela cama apenas admirando aquela garota se fosse para conseguir uma resposta ainda mais concreta do que a batida suave de seu coração contente.

Clarke piscou com sono pesado retardando seus sentidos. Ela se sentia descansada, o cheiro que emanava das cobertas era a fragrância perfeita para fazê-la dormir sem medos, preocupações ou qualquer outra razão para sua insônia. Virou o rosto devagar, a luz que escapava das cortinas traçava uma linha na cama que ia até a altura de seu quadril e continuava para riscar a parede a direita do quarto. Ela respirou fundo com paz profunda e certa preguiça em seus músculos renovados, sentiu o deslizar carinhoso de dedos em seu ventre – fechou os olhos, tentando decidir se voltava a dormir naquele conforto ou ficava acordada só para olhar Lexa de volta.

A mão deslizou devagar sobre sua camiseta, Clarke acariciou seu braço e sorriu quando os cobertores soaram em movimentação e um beijo carinhoso tocou sua bochecha esquerda.

- Bom dia, Milady. – Lexa murmurou, voz rouca arrepiando pelos com tanta facilidade quanto as unhas se arrastando por sua pele.

- Bom dia, Heda... – Clarke respondeu e Lexa sorriu na concha de sua orelha, rindo baixinho ao tentar disfarçar seu efeito beijando seu ombro.

Clarke soltou uma risada baixinha e levantou um pouco mais a cabeça quando Lexa passou o braço direito abaixo de sua nuca para envolve-la completamente. Seu corpo se ajeitou um pouco mais para trás, olhos voltaram a se fechar quando outro beijo de vários que conseguiria naquele dia encontrou sua têmpora e trouxe o pequeno arrepio localizado no centro de seu peito, a esfera de calor confortável envolvendo seu coração do mesmo jeito seguro que braços a trouxeram para mais perto. Ela recostou sua cabeça para o lado, ouvindo mais de perto a respiração calma de Lexa assoprando em sua pele, entrelaçou seus dedos esquerdos com os dela sobre seu estômago repleto de borboletas e continuou a carícia de seus dedos com a mão direita, alisando seu braço. Um beijo no músculo bem desenhado e firme para tentar agradecer o carinho confortável.