Tudo levou àquilo. As perdas, as derrotas, amarguras e feridas. Manhãs calmas se tornaram em caos no campo de batalha, o brilho das estrelas em fagulhas vindas de uma explosão. Um sorriso puro foi uma breve despedida, desde o primeiro nome escrito n...
Esse deve ser o bloqueio mais longo que eu já tive na minha vida... Mas saiu, finalmente, e o capítulo é bem longo pra compensar. Eu brinquei um pouco com os pedidos em relação a Daenerys kkk.
Boa leitura!
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ATO I
"Sivis Pacem, para bellum"
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WESTEROS.
EM ALGUM LUGAR DA 'ESCADA DA ASCENSÃO'.
EXATAMENTE 19 SEGUNDOS ATRÁS.
A movimentação no castelo se tornou visível, o ar cômodo da caminhada matinal de Clarke e Daenerys foi interrompido. Elas iam lado a lado, como em todos os outros dias – trocando sorrisos e olhares de pura devoção. Era costumeiro, depois de tanto alvoroço por anos, respirar o ar pacífico de um começo de tarde ensolarada com o canto dos pássaros se tornou tão importante quanto os outros afazeres de uma rainha.
Em todos os sete reinos e há alguns anos atrás, a união conquistada através do matrimônio foi questionada. Alguém como um Targaryen, uma que possui o que muitos diriam ser o mais verdadeiro direito ao trono, casar-se com a realeza mais distante de todas? A Casa Griffin estava mais para as terras além de Essos do que para própria Westeros, seu povo não era conhecido como "das alturas" à toa e seu domínio era diferente de tudo o que Daenerys já havia visto antes, a deixou quase tão assombrada quanto a beleza de seus moradores.
Dois dos já escassos barcos da Rainha desapareceram debaixo das ondas, da tripulação não nem um mísero sussurro nas docas. Pescadores não sabiam de nada, e também não queria falar de nada. Iam voltando para o mar depressa, entre preces, pedindo que o Deus Afogado não os carregasse para baixo por terem tentado ajudar. Com tantos mortos que já se aventuraram, o assunto ficou praticamente proibido.
Se os Targaryen eram conhecidos por seus cabelos praticamente brancos e sua tendência enraivecida – um dragão de três cabeças nunca deu tão certo em um brasão –, os da casa Griffin possuíam a beleza loura como o amanhecer e os olhos azuis como os céus claros que rodeavam seu belíssimo castelo. Não havia criatura ou animal em seu bração, apenas o círculo de desenhos detalhistas, ilustrando as ilhas Skaikru que protegiam a fortaleza do castelo Arkadia.
Inalcançável por tanto tempo, o lugar havia praticamente se tornando uma lenda – para encontra-lo através dos rumores de pescadores foi de uma tortura que durou meses. Ninguém sabia a direção certa, e quando sabiam, a ira do mar pareceu mostrar de que lado estava naquela busca. Eles não possuíam um grande exército, o que deixou o resto do reino ainda mais intrigado quando a notícia se espalhou – Daenerys estava para se casar com a mais inesperada dos pretendentes, a Princesa de um reino que, aparentemente, existia de verdade, mas não tinha um exército. Mas suas armas... Suas armas eram completamente diferentes de tudo o que já se viu antes. Lâminas que cortavam mais fundo, de material mais leve, com defesas elevadíssimas em seu reino que fariam qualquer forasteiro pensar duas vezes e barcos resistentes contra o mar mais tempestuoso de todos, tão poderes que deixariam a Frota de Ferro dos Greyjoys em pedaços. Números não eram problema, eles podiam ter a maioria, mas os Griffins tinham o poder de fogo.
