Hey!
Mais um domingo, mais um capítulo! Pelo menos dessa vez eu não precisei postar 2 da manhã, ainda que não seja tão longo assim, para falar a verdade é bem centrado em Clexa.
Um desejo foi realizado. Um de vocês pediu por isso, e eu disse que ia fazer o possível para encaixar na história, então tá ai. Se puderem ouvir a mídia enquanto leem, vai ajudar muito na ambientação.
Vejo vocês depois,
Boa leitura!
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O segundo tenente explodiu. O tanque no fim da rua principal abriu um buraco no meio do concreto, terra voou para todo o lado com pedaços de pedra grandes o suficiente para amassar a cabeça de alguém até virar pasta. A infantaria inimiga estava espalhada por todos os lados, as forças Grounders mancomunadas em pequenos conglomerados ao redor da cidade destruída, sobrevivendo entre rasantes de caças, atiradores nas janelas dos prédios que ainda restavam de pé. Aquele quarteirão era zona morta, não restava nem mesmo um pedaço de teto que não havia cedido, paredes prestes a ruir caiam com o vibrar de bombas, soldados deitavam no chão com tijolos os mantendo vivos e civis sem braços ou pernas retornando dos mortos para se arrastar aos grunhidos em busca de um pouco de carne para mastigar.
Depois do segundo tenente, o capitão desapareceu debaixo de uma explosão. Um de seus coturnos se balançando sobre o chão, seu sangue era um rastro grande de gotas grossas na areia e o restante do seu corpo estava atirado contra o muro de concreto uns metros atrás. Sangue escorrendo para fora do capacete amassado, sangue jorrando da perna, osso a mostra, tira de carne e roupa se tornando apenas uma grande confusão de cores, pele queimada e sujeira. Braços atirados para os lados, os dedos tremiam em agonia, ou talvez um reflexo motor que precedia sua morte. De qualquer jeito, ele não iria sobreviver.
A companhia Easy inteira estaria extinta depois que ele desse o último suspiro, mas a resistência Grounder naquela rua estava longe de acabar. Um cabo da Bravo atravessou a rua no meio dos escombros e mergulhou de peito no chão para escapar das balas, se arrastou nas pedras, jogou uma granada por cima da sua mera proteção e agarrou a metralhadora de tambor das mãos do morto. Apoiou o cano no montinho de tijolos queimados e começou a atirar o pouco de munição restante, abriu um buraco na defesa inimiga e quatro da sua companhia avançaram saltando o poste no beco da direita, fuzis fumegantes começando a atirar na dobra da esquina e ajudando no avanço.
- Mantenham o fogo pesado! Vocês dois, deem um jeito naquele tanque! – Cinco gritou de trás de um balcão de madeira no interior da loja de conveniência destruída.
O primeiro a sair da cobertura foi acertado no pescoço e caiu no chão para lentamente se afogar em seu sangue, não conseguia gritar por socorro, sua traqueia rompida e exposta aos outros que não conseguiam chegar perto o suficiente no meio da chuva de balas que estalavam ao redor.
- Polaski, fica parado! – Alguém gritou do outro lado da rua. – Para de se mexer, eles não vão atirar se estiver morto! Polaski!
Mas ele continuou agonizando, arrastando as unhas no chão cheio de cinzas em busca de socorro. Cinco tomou uma decisão difícil, ele levantou da cobertura e avançou atirando, as balas estalaram dos dois lados de sua cabeça, acertaram o chão entre seus pés. Acertou o atirado na metralhadora inimiga, conseguiu um pouco de fôlego aos guerreiros e o cabo na metralhadora de trás, mas o tanque atirou outra vez. Mirou no rapaz se contorcendo e atirou quando o paramédico arriscou uma corrida para o socorro.
Os dois corpos mortos vieram rolando para trás, Cinco se abaixou em busca de outro lugar para cobertura e recarregou. Ele viu o avanço do caça em curva no céu poente e respirou fundo quando o percebeu embicar para aquela rua.

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FINITUS
FanfictionTudo levou àquilo. As perdas, as derrotas, amarguras e feridas. Manhãs calmas se tornaram em caos no campo de batalha, o brilho das estrelas em fagulhas vindas de uma explosão. Um sorriso puro foi uma breve despedida, desde o primeiro nome escrito n...