Equal - Parte 2

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Hey!

Mais uma madrugada, mais um capítulo. Esse foi longo de escrever, cheio de detalhes importantes e para falar a verdade estou surpresa que ninguém sacou o paradeiro do Bulshar ainda. Não vou negar, a resposta está bem fácil comparado aos mistérios que eu já coloquei nessa fic e vocês entenderam de primeira. Acho que já até dei a resposta...

Se alguém descobrir, não me odeia por favor. E mantém em segredo para não dar spoiler para os outros.

Mais uma vez, perdão pelos possíveis erros.

Espero que gostem,

Boa leitura!

"Você me coloca em um pedestal e me diz que eu sou o melhor

Me levanta ao céu até que eu fique sem fôlego

Me enche de confiança, eu digo o que está em meu peito

Mas e se eu tropeçar?

E se eu cair?

Então, eu sou o monstro?

E se eu pecar?

E se eu, e se eu quebrar?

Então, eu sou o monstro?"

Monster - Shawn Mendes.

Tudo o que ela podia ver era azul. Profundo, intermitente e imparável. Luz penetrava adentro como cristais de vidro - a sensação celestial de uma pureza fora do alcance com a ausência de uma superfície. A água, ainda que muita e constantemente em movimento ao seu redor, era calma aos ouvidos. Apenas uma pressão constante, um sopro surdo que abafava os ouvidos e silenciava a mente à medida que o fôlego sumia dos pulmões. Sua temperatura morna e acolhedora, remetia ao toque gentil de cobertores macios contra a pele em uma noite gelada.

Nada a frente. Nada atrás. Nada a esquerda ou direita. No fundo, debaixo da ausência de seus pés e corpo, o azul era escuro e sem fim, longe do alcance de olhos e ainda não completamente explorado pela humanidade e sua ingenuidade de quem sabe muito. Segredos talvez mais obscuros do que a grande sombra que se espalha em todas as direções como óleo.

Bolhas de ar, grandes e pequenas dançaram em diante. Criando o som conhecido e aerado nos ouvidos, curvas sinuosas no seu caminho deslizante e fantasmagórico para cima que remetiam a forma de uma escultura -, uma obra de arte com beleza temporária. Findada e verdadeira. Ás vezes mais bolhas subiam sacudindo a água e trazendo o som de movimentação, ás vezes menos e em bolhas menores do fim de um último fôlego. A dança da nuvem branca submersa era hipnótica aos olhos, como uma nuvem que desliza no céu azul. Uniforme, mas linda. Simples, mas verdadeira. Mortal, mas que ainda possuía vida até o momento em que não a tivesse mais.

Temporariedade. A certeza de que tudo acaba, vinha também com a conclusão de um início. Mas onde estava? De onde aquela nuvem de bolhas vinha?

Nada a frente. Nada atrás. Nada a esquerda ou direita. Talvez viesse de cima, mas tudo o que se encontrava era mais água sob o deslizar finito de bolhas que se estouravam antes de escapar para uma superfície inexistente. E nada se encontrava no espaço vazio em que as bolhas surgiam. O ar apenas existia ali, no meio do mar, assoprando de algo aparentemente invisível para cima. Ou talvez, fosse para baixo? Alguma coisa havia caído naquele lugar, perfurado a paz por um mero momento a caminho do fundo?

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