Let's Go Butt Hunting

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- Para onde?! Eu vou para onde?! – Clarke exclamou alto, balas estalando sobre o chão e as paredes, explosões ecoando no ambiente.

- Direita! Vira! Vira!! – Lexa respondeu apontando para a TV.

Clarke imediatamente fez o que disse, virou o carro de luxo com apenas duas rodas restantes e fez uma curva rápida demais para a direita, Lexa tentou avisar a ela que tinha se referido ao retorno para a estrada na caótica perseguição de videogame, não a lateral da ponte, mas Clarke estava desesperada para sair dali com vida. O carro laranja metálico bateu de frente com o parapeito de metal, o pobre personagem saiu voando pelo para-brisas e mergulhou para o lado de fora com um grito, caiu de cabeça no asfalto longos metros abaixo e a tela desacelerou em tons de cinza. Clarke ficou de queixo caído e encarou a esposa.

- Lexa! – Repreendeu com um sorriso incrédulo. – Filha da mãe, eu morri por sua causa!

- Minha vez! – Ela soltou uma risada e tentou pegar o controle, Clarke imediatamente o afastou de seu toque. – Clarke, a gente combinou!

- Não! Você me enganou, sai para lá!

- Eu disse para virar à direita na rua, não para mergulhar de cabeça no nada! – Lexa riu alto. – Isso que não caiu com o carro, tudo tinha explodido.

- Tinha nada! Eu enfiei o helicóptero dentro daquele túnel e saí viva! – Clarke garantiu e se virou de costas para a esposa, sorrindo quando foi abraçada por trás enquanto elas batalhavam pelo controle. – Você roubou, eu vou de novo!

- Não roubei nada! – Lexa negou, mas Clarke já havia começado a próxima partida e ela desistiu, se ajeitando no sofá mais uma vez. – Okay, tudo bem. Mas agora eu não vou te ajudar.

- Ótimo, eu não preciso mesmo. – Ela garantiu se inclinando para frente e chegando um pouco mais perto da TV, o som dos botões ressoando no ambiente, Lexa sorriu para a esposa e voltou a encarar a tela em seguida.

Clarke roubou um carro, o motorista foi empurrado para longe do acento porta a fora, se sentiu um pouco mais culpada por ser uma senhora, mas logo afastou a preocupação de seu rosto por se lembrar de que era apenas um jogo. O mais tenso, emocionante e infame jogo que as duas já jogaram juntas antes, Lexa cruzou os braços em silêncio quando a viu acelerar a toda velocidade pela calçada, atropelando pedestres até que a polícia chegasse. E lá vieram as exclamações e explosões mais uma vez, os oficiais quase lhe cercaram duas quadras atrás, Clarke fez curvas fechadas e raspou a lataria do carro velho pelos murros de concreto descendo a ladeira, chamas escapando do capô quando saltou para o lado de fora e foi rolando.

- Jesus Cristo, me deixa em paz! – Ela exclamou em nervosismo, uma frota de viaturas descendo a colina, uma delas passou perto de atropela-la.

- O carro! Entra no carro! Eles vão te acertar! – Lexa exclamou no nervosismo.

- Sem ajuda! – Clarke relembrou com um sorriso vitorioso, apertando os botões apressadamente.

Lexa apontou para o topo da colina, a sombra de um helicóptero surgindo na grama verde, Clarke entrou no veículo mais próximo daquela quadra luxuosa do cenário, um minúsculo de apenas dois lugares e cor rosa choque, foi insultando todo o caminho até o fim da colina e fez uma curva a esquerda, o carro capotou, esmagou pedestres, parou de pé trombando com um poste e ela acelerou outra vez, a frente do veículo bateu de frente com a parede de um prédio.

- Ré! Amor, como eu dou ré?! – Perguntou em desespero.

- Eu não faço a menor ideia. – Lexa ergueu as mãos com calma.

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