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Segunda, 20:01...

Diogo

- Salve- acenei pras mina que tinham chegado com a Letícia.

- Quem vai pagar minha bebida hoje?- a tal da Rafaela colocou as mãos na cintura, passando o olho por todos os caras da mesa.

- Se liga, fia- Jhonatan puxou o cabelo dela, rindo.

- Tô pras fodas hoje, em- Carla sorriu, rebolando.

- Vocês são muito vagabundas, misericórdia- Letícia riu, arrumando o carrinho do Eduardo.

- Trás ele aqui, deixa eu pegar o moleque- ela me olhou, assentindo.

- Oi, tio- Eduarda veio me abraçar.

- Eae pirralha, tá bem tu? Mamãe tá cuidando direitinho?- ela riu, assentindo.

- E o beijinho?- sussurrei, quando ela me entregou o pivete.

Ela riu, negou com a cabeça e puxou as amigas pra dançar.

- Vai, por favor- a Eduarda fazia um choro falso pro Jhonatan.

- Tu é chata, em- ele reclamou.

Dei risada.

- Que tu quer, Duda?- perguntei.

- Comprar coisa pra comer, mas ele não quer me levar- fechou a cara.

- Tu comeu antes de sair de casa, Eduarda- riu.

- Eu levo ela, vem piveta- ela segurou minha mão.

Coloquei o moleque no carrinho, e fui empurrando pra fora da praça.

- Tio Diogo é mais legal- deu língua pro Jhonatan, enquanto saíamos.

- Avisa pra Letícia que eu tô com eles na lanchonete da rua de baixo- ele assentiu.

- O senhor tá namorando a minha mãe?- ela me perguntou com tom de curiosidade.

- Não- ri- pq?

- Achei que tava- deu de ombros.

- Teu tio não deixa, mó perrequeiro- fiz careta.

- Ah, e ele namorar a tia Carla pode, né- cruzou os braços.

- Teu tio tá namorando a Carla?- ela arregalou os olhos, percebendo oq tinha falado.

- Não fala pra mamãe, ela não sabe- pediu.

- Tu é uma péssima caixinha de segredos, em- ri, ajudando ela a subir na cadeira da lanchonete.

- Tô nem aí, o segredo não é meu mesmo- deu de ombros.

Coloquei o carrinho do Eduardo do lado da minha cadeira e olhei novamente pra ela.

- Oq tu quer comer?- ela pensou um pouco.

- Batata- sorriu, animada.

- Lanche não?- ela negou cm a cabeça.

- Só batata e refri- assenti, indo na direção do balcão.

Fiz o pedido e voltei pra mesa. Em poucos minutos já estávamos comendo.

- Me responde um bagulho aqui, Duda- ela me olhou.

- Oq?- levou uma batata a boca.

- Oq teu pai fez pra tua mãe, pra ela não gostar dele?- dei um gole na minha cerveja.

- Ele pediu pra mamãe...- a Letícia cortou ela.

- Vem comer e nem me chama né, que lindo- sentou do meu lado.

- Só chega em hora errada, em- reclamei.

- Pq?- arqueou uma sobrancelha.

- A gente tava conversando, mamãe- Eduarda respondeu.

Ela riu, levantando os braços em forma de redenção.

- Tô nem prestando atenção em vocês, só vim pela comida- mordeu meu lanche.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora