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Domingo, 11:00...

Eduardo

- Vai ficar tudo bem- meu pai beijou minha testa, me abraçando apertado.

- Você tá bem?- Estela me olhou, me estendendo um copo de refrigerante.

Sentei no sofá da sala, dando um gole no refrigerante.

- Tô sim- sorri, agradecida- as marcas vão sair em alguns dias. Eu quero só esquecer essa história e seguir minha vida- passei a mão sobre uma das marcas roxas que tinha na minha coxa.

- Se isso te conforta, ele tá sofrendo bastante na nossa mão- Eduardo sorriu.

Pisquei, ao entender oq ele quis dizer.

- Cala a boca, pangaré- Yuri deu um tapa na cabeça dele, derrubando seu boné.

- Posso falar nada também- cruzou os braços, emburrado.

- Não escuta o seu irmão, não. Ele tá com retardo- tia Carol sentou ao meu lado, passando a mão sobre minha barriga.

- É, o importante é que tu e meu sobrinho neto tá bem e o Terror não vai mais chegar perto de vocês- tio Jhow se aproximou, tocando o ombro da tia Carol.

- Se afasta, Jhonatan- ela brigou- nem vem de gracinha que isso não é momento!

- Toda hora, é hora- ele mandou beijo.

Dei risada.

Tia Carla limpou a garganta, mostrando estar incomodada.

- Vamo alí fora comigo, Jhonatan. Quero tua ajuda pra lavar minha moto- Eduardo falou, tirando meu tio dessa treta.

- Eu lá tenho cara de lava rápido, pivete? Euen, me respeita- franziu a testa.

- Vai logo, Jhow, caralho- empurrou ele pra fora de casa.

- Fala direito comigo que eu sou teu tio- contestou- eu novão e já sou tio avô, essa Eduarda tá me envergonhando- negou com a cabeça.

Dei risada.

- Vem com a gente, tia- Eduardo puxou a tia Carol pra acompanhar eles.

- Não, me larga- ela reclamou.

- Deixa que eu ajudo vocês, Eduardo- tia Carla sorriu falsa, indo pra fora de casa.

Tia Carol sorriu debochada, voltando a sentar ao meu lado.

- Essa Carla é uma sem noção, né- Nayara falou assim que o Eduardo e o tio Jhow saíram da sala, sendo acompanhados por tia Carla.

Ela fuzilava a tia Carol com o olhar.

- É sem noção, mas é da família e ninguém fala mal dela- minha mãe retrucou- fora que seu marido vive dando condição pra ela!

- Fica quieta, Nayara!- tio Lima brigou.

- Sou obrigada a gostar da mulher que deu pro meu marido?- ele perguntou.

- Se quiser ficar na família, é obrigada sim!- meu pai falou.

- Eu vou ir tomar um ar, clima aqui não tá a meu favor- ela murmurou, levantando.

- Nunca esteve- tia Carol murmurou, observando a Nayara sair de casa.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora