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Domingo, 19:20...

Jhonatan

- Ele me ajudou quando eu fiquei desempregada, foi só isso!- falou.

- Suave, pô! Mas, procura um curso, uma parada pra tu fazer! Não quero ninguém jogando na tua cara que te sustenta- avisei- pode ter certeza que eu nunca vou fazer isso! Só que se amanhã ou depois acontecer uma parada comigo e eu morrer, não quero ficar vendo tu sofrer na mão de ninguém em troca de um prato de comida.

- Eu não dependo de ninguém mais, relaxa!- deu um sorrisinho.

- Eu sei que não! Agora tu tá trabalhando e eu tô aqui, pá, suave. Só que essa parada de ficar trabalhando pros outros, também não dá certo! Então tu procura algum bagulho pra fazer, um curso, uma faculdade! Eu pago, depois te ajudo a abrir teu escritório, consultório, salão, loja ou oq tu quiser. Mas, um bagulho que seja seu! Tu tem que ser tua própria patroa, caso contrário eu não aceito- puxei ela pro meu colo- mulher minha não recebe ordem de ninguém! Te dou toda assistência que é justamente pra isso não acontecer. Se quiser já sair do trampo que tu tá, acho até melhor! Aí nós já abre uma parada pra tu, bota no teu nome, tudo certinho.

- Eu vou ver, tá?- me deu um selinho.

- Nós tá casadão mermo, né?- perguntei.

- Não, tá louco? Acabei de terminar meu relacionamento, você também- negou com a cabeça- espera mais uns dias e a gente vê isso.

Estalei a língua, bufando.

- Esperar até segunda é pra quem quer parar de fumar, mirmã! Ou nós tá junto, ou não tá. Colfoi?- estreitei os olhos pra ela.

- A gente tá ficando, ué- desviou o olhar, dando mais uma mordida na fatia de pizza.

- Ficando, ficando é meu pau!- resmunguei- cheia de gracinha, Carolina- belisquei a perna dela.

- Aí!- reclamou, dando um tapa na minha mão.

- Nós tá junto então, já é?- avisei.

- Já é um caralho, a gente tá só ficando!- deixou claro.

- Isso mermo, me deixa só no análise! Só não reclama se vier outra e me aprovar- me afastei, virando a cara.

- Você não tá nem louco- meteu o tapão no meu peito.

- Encosta em mim não, filha da puta- segurei a mão dela, a olhando.

- Ai que delícia! Fala assim no meu ouvidinho, fala- provocou.

- Não tô pra gracinha contigo não- fechei a cara, soltando o braço dela.

- Para de graça- riu, dando um gole no refrigerante.

- Se fode, otária!- dei dedo pra ela.

- Meu gostosão- sorriu, passando a unha nas minhas costas.

Olhei de rabo de olho pra ela, sorrindo por dentro.

- Sou teu mermo?- fiz marra.

- Sim, só meu- subiu no meu colo, oferecendo a pizza dela pra eu morder.

- Tu tá gostosa demais, papo 10- segurei ela pela bunda, apertando a mesma.

- Eu sei disso- um sorriso divertido cresceu nos lábios rosados dela.

Minha mulher!

- Vou te assumir de fiel que dia mermo?- perguntei.

- Dia nenhum, não sou fiel de ninguém! Deus me livre- negou com a cabeça, fazendo careta.

- Já sabe das parada né, filha da puta- puxei o cabelo dela, rindo- minha mulher então, pode ser? Tá mais suave pra ti?- dei um beijo no pescoço dela.

- Tá melhorando- assentiu.

- E futura mãe dos meus pivetes, oq tu acha?- olhei nos olhos dela, dando um sorriso de lado.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora