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Quinta, 19:00...

Eduarda

- Posso ir com você?- Estela perguntou, largando os livros em cima do tapete.

- Não, pode voltar a estudar que amanhã tu tem prova- meu pai jogou um pouco de pipoca nela, que bufou.

- Mas o Erik, Yuri e Eduardo tá na rua, Eduarda tá saindo. Pq eu não posso?- ela cruzou os braços, brava.

- Pq eu não deixo- meu pai riu, se divertindo com a cara de brava da Estela.

- Depois que eu me revoltar e for embora de casa, não quero ninguém chorando- murmurou.

- Para de falar merda, pentelha- negou cm a cabeça- vem dar um abraço no pai, vem- ele abriu os braços.

Ri, saindo de casa.

Subi o morro rapidamente, logo chegando na praça.

- Quanto tá a coxinha, tia?- perguntei pra moça da barraquinha de salgados, que sorriu pra mim.

- Tem pó de 4, tem pó de 6, tem pó de 8- imitou os meninos da biqueira, oq me fez rir.

- Eu quero uma da maior, uma da média, um pastel de frango e uma coca- falei, abrindo minha carteira.

- Pra já- virou, indo pegar oq eu pedi.

Ela rapidamente colocou tudo dentro de uma sacolinha e me entregou.

- Obrigado- sorri, entregando o dinheiro na sua mão.

Sentei em um banco da praça e comecei a comer, olhando em volta.

Terror tava do outro lado da praça, apoiado na sua moto enquanto conversava com uns caras. Yuri, Eduardo e Erik, inclusive, estavam com ele.

Sua fisionomia estava séria, como sempre.

- Eae- Giovanna sorriu, aparecendo na minha frente.

- Oi- acenei- tá fazendo oq aqui?- perguntei.

- Comendo- mostrou o sorvete que estava nas suas mãos.

- Entendo- ri, dando a última mordida no meu pastel.

- Vamo lá pra casa, minha mãe fez lasanha pra janta- falou.

- Eu acabei de comer duas coxinhas e um pastel, sei não- dei um gole no meu refrigerante.

- Vamo logo, mulher- me puxou.

- Sua mãe não vai achar ruim?- perguntei, acompanhando ela.

- Que nada, relaxa- deu de ombros.

Passamos pelos meninos, indo na direção da casa dela. Meu olhar se encontrou com o do Terror, e ele passou a mão sobre a boca enquanto me olhava de cima a baixo.

- Cadê o Luiz?- perguntei, desviando o olhar.

- Foi dormir na casa da minha sogra com o Denis- falou, abrindo o portão da casa- mãeeeee, cheguei- gritou.

- Seu irmão tá cm você?- dona Marta perguntou.

- Não, ele tá lá na praça. A Duda veio jantar com a gente- se jogou no sofá da sala.

- Oi, amor- tia Marta veio me dar um abraço- como você tá? Comida já tá pronta, só falta o Caíque chegar.

- Eu tô ótima, e a senhora?- perguntei.

- Bem. vai lá chamar o Caíque pra mim, por favor?- sorriu.

Ri, assentindo.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora