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Sábado, 08:34...

Eduarda

Contei sobre tudo que aconteceu, desde a nossa conversa ontem a tarde até ele se fazendo de doido hoje de manhã.

- Ele é louco!- falei.

- Esse foi o Terror, não o Caíque- negou com a cabeça.

- Eu não sei quem foi, só sei que foi horrível- funguei, secando uma lágrima.

- Amiga, não é querendo passar pano pro meu irmão, não, tá? Mas, ignora ele. Esquece o Caíque, que nada de ruim vai te acontecer mais- me abraçou- ele realmente deve ter usado muita droga, depois eu converso com ele sobre isso. O estranho, é que ele não suporta estupro! Ele sempre deixou isso claro. Lá no Alemão, estuprador é queimado vivi na praça, sempre a mando dele!- disse, sem entender.

Assenti, confirmando.

- Como você some e não da notícias a noite inteira, seu irresponsável?- tia Marta passou na frente do quarto, batendo com o pano de prato no Terror.

- Me acompanha não, velha- riu, entrando no quarto ao lado- vou tomar banho e já desço pro café, relaxa.

- Pão tá na mesa- Denis gritou do andar de baixo.

Desci com a Giovanna, me sentando a mesa. Quando estávamos comendo, Terror chegou. Ele me olhou, fechou a cara e sentou do outro lado da mesa. Passei o café da manhã inteiro calada, não estava afim de mostrar pra ele que estava fragilizada.

- Você tá bem, filha? Tá muito quieta- tia Marta me olhou desconfiada.

- To bem, tia- ri fraco- minha mãe vai fazer pizza caseira hoje, vai lá em casa janta com a gente- sorri pra ela.

- Vou sim, que horas?- perguntou.

- Opa, eu tô convidado também?- Terror perguntou, sorrindo.

- Ih, quero ir comer também em- Denis falou.

Eu ri, olhando pro Denis.

- Estão todos convidados- sorri cínica pro Terror.

Depois do café, já estava saindo de casa quando o filhote de capiroto me chamou.

- A gente tá saindo, Caíque- Giovanna disse, brava.

- Não tô falando com tu, não. Abaixa tua bola!- falou pra ela, me puxando pro canto- que intimidade toda era aquela com os vapor?- cruzou os braços.

- Intimidade? Eu tava tentando passar e eles me encurralaram. Você viu!- arqueei uma sobrancelha, o olhando.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora