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Domingo, 12:33...

Eduarda

- Para, Carla! Vai trocar de roupa, bagulho tá feião aí- franziu a testa- se valoriza, pô- negou com a cabeça.

- Que saco- ela bufou, voltando pra dentro de casa.

- Tá difícil a vida do garanhão?- tia Carol implicou, quando ele se aproximou dela.

- Porra, sem tu? Não tem como ficar fácil- abraçou ela por trás- quero bater um papo contigo- murmurou.

- Vai ficar querendo- empurrou ele pra trás- sua mulher deve tá atrás de você, vai lá nela.

- Minha mulher tá bem aqui na minha frente- acariciou a cintura dela.

Sorri, eles são tão fofos.

- A Nayara saiu daqui brava por causa da Carla- minha mãe falou.

- É só implicância- tio Jhow murmurou.

- Sai, Jhonatan!- empurrou ele novamente, que não desgrudava dela.

- Quero te ajudar, ignorante- continuou abraçando ela por trás, ajudando ela a cortar as carnes.

- Eu não preciso da sua ajuda- falou, mas não o afastou mais.

Ri.

- Amor, eu trouxe aquele chocolate que tu gosta- ouvimos o grito do Marcinho, indicando que ele estava se aproximando.

- Me larga, sai- ela voltou a empurrar o tio Jhow.

- Tu é minha, sempre foi- beijou a cabeça dela- e vai voltar a ser em breve, escreve oq eu tô te falando!- virou ela, a deixando de frente pra ele.

- Se afasta- tia Carol suspirou.

Tá quente aí, tia?

- Eu te amo, Carolina. Tu sabe e fica se fazendo de doida! Gordinha gostosa- deu um tapa na bunda dela e um cheiro no cangote, se afastando.

- Canalha! Cafajeste!- ela murmurou, o olhando.

Tio Jhow me abraçou pelo pescoço, enquanto sorria olhando pra tia Carol e notando a forma como ele mexia com ela.

- Eae, mano- tio Jhow fez toque com o Marcinho, assim que ele se aproximou.

- Comprei Brahma- ele falou, entregando a sacola pro tio Jhow.

- Suave, meu aliado- abriu o freezer, começando a guardar as cervejas.

Arqueei as sobrancelhas, rindo da forma que meu tio pagava de amigo e fingia que nada tinha acontecido.

Judas essas horas tá se revirando no túmulo.

- Eu comprei pro moleque- estendeu uma bola de futebol.

- Obrigado, Marcinho- sorri, pegando.

Meu filho mal tem as pernas ainda, mas já tem uma bola pra jogar!

- Ô, amor, oq um bebê vai fazer com uma bola de futebol?- tia Carol endireitou os olhos, sorrindo nervoso- ela ainda não sabe nem o sexo da criança- riu.

- Fiz mal?- perguntou.

- Fez bem péssimo, vida- deu um selinho nele- depois a gente compra outra lembrancinha pra vocês- me olhou, com um sorriso que dizia "socorro".

- Tá tranquilo, eu adorei- ri da sua cara de desespero.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora