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Domingo, 17:02...

Terror

- Quanto tempo a bunda de uma mina demora pra crescer naturalmente?- Eduardo perguntou.

- Sei lá, caralho- ri.

Do nada.

- Amorzinho, te achei- Luiza veio correndo e sentou no meu colo.

- Ô menina, oq você tá fazendo na minha casa? Chispa daqui, vadia- Letícia veio com uma vassoura, ameaçando bater na Luiza.

- Expulsa mermo, bota pra fora- apoiei.

- Ai, ai, ai- Luiza reclamou ao levar duas vassouradas nas costas, correndo pra fora da casa.

Eduarda

- Se tu se apaixonasse por ele, oq tu faria?- Giovanna me perguntou, levando um pedaço de carne a boca.

- Iria na igreja me benzer, pediria uma oração forte pro pastor. Se apegar no seu irmão é burrice, amiga! Só pode ser obra do inimigo- neguei com a cabeça- é só uns beijinhos, sem compromisso.

- Cuidado, amiga- ela avisou.

- Relaxa- sorri.

- A gente vai voltar pro Alemão no fim do mês- falou- já tá tudo certo! Eles vão invadir e matar o cara que tá de comandante lá, aí o comando vai voltar pro meu irmão.

- Que ótimo- sorri- mas, vou sentir falta de você, da tia e do Luiz- fiz careta, olhando o Luiz correr de um lado pro outro na beira da piscina.

- Só nossa, é? E do Caíque?- sorriu.

- Pelo amor de Deus, Giovanna- revirei os olhos, rindo logo em seguida- lógico que não, né!

- Sei- disse, desconfiada- quer dormir lá em casa hoje?- sorriu.

- Vou não, amiga. Mó cansada, deixa pra próxima- falei.

- Coloquei aquela piranha pra fora- minha mãe apareceu sorrindo, toda orgulhosa- bati nela com a vassoura.

- Que piranha, mãe?- ri.

- A Luiza, lógico- jogou os cabelos pra trás.

- Tá certa, tia- Giovanna bateu palma.

- Não acredito- gargalhei- bem feito! Mó abusada, entrando na casa dos outros sem ser convidada- dei de ombros.

Olhei em volta, avistando o Terror. Ele estava encostado no balcão da churrasqueira, me olhando com a cara fechada natural dele.

Ô homem pra sentir ódio, nunca vi igual!
...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora