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Domingo, ano novo, 12:58...

Micael!

Falar pra tu, eu nem tinha me tocado muito nessa parada de gravidez, até ontem quando a sogrinha falou que Eduarda devia tá de bucho.

Aí, cuzão, eu parei pra pensar, tá ligado? Fui ligando um pontinho no outro.
Esse mês a Eduarda não mijou sangue, mês passado também não. Já tem papo de uma cotinha que ela não me amola pra buscar chocolate e remédio pra cólica no meio da madrugada. Tá frescona, passou mal no natal por causa do cheiro de um perfume infantil que a Larissa tava usando, cheia de chorar atoa. Os peito tão inchados, a bunda maior, barriga já não tá mais chapada. Ela tá uma delícia, confesso, mas, enfim...

Eu conheço minha mulher, conheço o corpo dela e ele tá igualzinho quando nós começou a se envolver e ela tava grávida do Luan.

E minhas paranóia só confirmou quando eu dormi e sonhei com uma bebezinha linda, me chamando de pai.

Não era a Larissa e nem o Luan, eu reconheceria meus filhos!

Acordei felizão.

- Que foi, amor?- sentou no meu colo, torcendo o cabelo molhado.

- Nada, minha princesa- acariciei a barriga dela, olhando o pequeno volume da mesma.

Eu tinha certeza que alí dentro tinha bebê, e tinha mais certeza ainda que era uma menina!

- Papai!- a Larissa me repreendeu, brincando na areia com o Lima.

Dei risada, sabendo que ela odiava quando eu chamava a Eduarda de "minha princesa".

"a mamãe pode ser sua rainha, se quiser. Mas, sua princesa, é só eu!" Sorri, me recordando das suas palavras.

- Te amo, princesinha do pai- mandei beijo pra ela.

- Para de mexer na minha barriga, vida- Eduarda me olhou desconfiada, empurrando minha mão.

- Tem bebê aí dentro- avisei.

- Para de graça- revirou os olhos.

- Tô falando sério, Eduarda. Tu tá grávida!- acariciei a coxa dela.

- Para!- ela mandou, brava.

- Não paro, é a verdade- dei um selinho nela- vai ser nossa caçula, pô- sorri, voltando a acariciar a barriguinha dela.

- Você inventa cada coisa- me ignorou, arrumando os peitos no biquíni.

- Tu tá gostosa demais, filha- dei um cheiro no cangote dela, sorrindo- tô precisando de outro chá já, o de ontem foi fraco- fiz bico.

- E o de hoje de manhã?- arqueou a sobrancelha.

- Tava aguado também- coloquei a palma da mão sobre a boca, segurando o riso.

- Ae, ensinei Luan a nadar- Erick apareceu com o pivete no colo.

- Papá!- Luan gritou esticando os bracinhos com certo desespero.

Ele tava todo molhado e com os olhos quase pulando pra fora da cara.

- Erick quase matou o menino afogado, falo mesmo- Estela o entregou.

Eduarda negou com a cabeça, pegando nosso pivete no colo.

- É pra isso que você quer outro filho?- me olhou, suspirando.

Sorri, a olhando.

- Sim, gatona!- falei a verdade.
...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora