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Sábado, natal, 11:25...

Micael

- Antes fosse isso- ri, dando um gole no meu whisky- eu acho que é ela que não quer nada- confessei.

- Ela te ama, confia no pai- Erick falou, batendo no próprio peito.

- Tu é pai de quem, filho da puta? Sabe lavar nem tuas cuecas freadas- DG deu um tapa na cabeça dele.

Ri.

- Tua filha é sensacional- impliquei, olhando pro DG.

- Tua sorte é que eu sempre quis que vocês ficassem juntos- apontou pra mim com a faca- caso contrário, tu ia pra vala!

- Relaxa, sogrinho- dei um sorriso divertido.

- Ela deve ser boa igual a Letícia, acho que é genética- Kacic zombou, esperando a reação do DG.

- E tu já fudeu minha mulher, pra saber, filho da puta?- rangeu os dentes.

- Corre que o corno tá puto- impliquei, gargalhando ao ver o Kacic correr pro outro lado do quintal.

Lógico que era mentira!

- Zé buceta- DG grunhiu, correndo atrás do Kacic.

- A Luiza é um estouro também, tem um boquete...- Yuri lambeu o lábio inferior e riu, provavelmente lembrando.

- Eu sei- falei, rindo.

- Sabe? Já comeu?- arqueou uma sobrancelha.

- Eu namorei com ela, cuzão- neguei com a cabeça- assim que ela chegou no morro, levei chifre adoidado!

- Tá certa!- deu um gole na cerveja- cornão- ele riu.

- Ti fuder- dei dedo, rindo.

- A xia qué cane- Larissa puxou a barra da minha blusa.

- Que tia?- perguntei, a olhando.

- Duada- passou a mão nos cabelos molhados- eu também- sorriu.

Dei risada.

- Teu estômago não tem fundo, não?- perguntei, colocando carne no prato pra Larissa.

- Não- negou com a cabeça.

- Leva lá pra tua tia e depois vem buscar o teu- entreguei o prato nas mãos dela- cuidado pra não derrubar.

Ela foi andando calmamente, tentando equilibrar o prato nas duas mãos.

Coloquei churrasco pra mim e pra Larissa em um prato junto, depois enchi um copo com refrigerante pra ela.

- Cadê?- ela apareceu novamente ao meu lado.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora