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Domingo, 15:30...

Diogo

- Bora sair daqui- segurei na cintura da Letícia, guiando ela pra fora da casa.

Em poucos minutos nós estávamos em cima da minha moto, subindo pra sorveteria.

- Oq você vai querer?- folheou o cardápio da sorveteria, já sentada na mesa.

- Quero nada carai, tô sem fome. Pede pra tu aí- dei um selinho nela.

- Trás pra mim um milk shake de chocolate e uma salada de frutas- falou pra atendente, que sorriu assentindo.

- E agora, em? Como que nós tá?- coloquei seu cabelo atrás da orelha.

- Eu tô muito bem, e você?- se fez de sonsa.

- Adianta pagar de louca não, tu sabe do que eu tô falando- ela riu, me beijando.

- Nós estamos igual sempre estivemos, bem- deu uma colherada na salada de frutas, que a mulher tinha acabado de colocar na mesa.

- Suave, então no baile de sexta nós já sobe no palco e anuncia que tô de fiel nova- sorri.

- Eu não disse que vou ser sua fiel, Diogo. Eu disse que estamos bem, mas isso não apaga o fato de você ter me trocado pela Cíntia! Nós não temos nada sério, e não vamos ter até você me mostrar que não vai vacilar assim de novo- olhou pro outro lado da sorveteria.

Suspirei, assentindo.

- Termina isso daí e bora pra tua casa, tem alguém lá?- ela assentiu.

- A Carol tá lá. Mãe dela expulsou ela de casa, ela vai passar um tempo lá comigo.

- E naquela outra casa lá, que tu disse que tinha com a Carla?

- Ela tá lá com um boyzinho daqui- riu, negando com a cabeça.

- Porra- passei minha mão sobre meu cabelo- minha casa também não dá, a Cíntia deve tá lá pegando os lixo dela.

- Oq você quer fazer em casa, garoto? Tá mó cedo- arqueou a sobrancelha.

- Eu quero te comer, filha. Mó saudade desse teu corpo gostoso- dei um selinho nela, que gargalhou.

- Para com isso- sorriu, bebendo o milk shake.

- Bora pra tua casa mesmo, a gente da calmante pra Carol e espera ela dormir- beijei o pescoço dela.

- Você tá zuando, né?- arqueou uma sobrancelha. Pisquei, sério- eu não vou dopar a minha amiga, Diogo- negou com a cabeça.

- Pq não, velho? É só umas gotinhas, ela não vai morrer com isso- retruquei.

- Não tem nenhum outro lugar?- cocei a nuca, negando.

- Eu tenho um barraco lá na rua 16, mas é mó deselegante te levar lá- fiz careta.

- Pq?- cruzou os bracos.

- Eu comia minhas putas lá. Contigo o bagulho é mais amorzinho, tem que ser um lugar daora. Nada haver te levar pra barraco que eu já usei até de cativeiro- neguei.

- Então a gente vai pra minha casa mesmo- fez careta, após ver meu sorriso malicioso- mas a gente não vai fazer nada! A Carol tá lá e eu não quero que ela me escute gemer, pra perder o respeito por mim- deixou claro.

Bufei.
...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora