Minha mandraka!

45°

Uma semana depois, sexta feira, 19:32...

Letícia

- Até que enfim- me joguei no sofá da sala, cansada.

- Não aguento mais empurrar cadeira, acho que vou morrer de cansaço- Eduarda deitou no chão, fazendo drama.

- Muito fraquinha vocês- DG riu, andando em círculos com o Eduardo no colo.

Na tentativa (totalmente falha) de tentar fazer o Eduardo dormir.

Eu, Eduarda e DG passamos o dia inteiro se revezando em limpar casa, montar móvel, colocar móvel no lugar, organizar nossas coisas...
Enfim, muito cansativo!

A galera até veio aqui mais cedo, ajudaram um pouco e tal, mas, logo foram embora!

Depois de ficar quase 12 horas organizando a casa, finalmente ficou tudo arrumado e limpo.

Nossa mudança (que era pra ter sido sexta passada), foi adiada pra hoje por questões de: a casa não tinha uma piscina, e eu queria uma piscina de chão nos fundos da minha casa.

Minha casa antiga, vai ficar na responsabilidade do Jhonatan e da Carol.

- Me da ele aqui- pedi o Eduardo- acho que ele tá com fome.

Me sentei, colocando a mão no útero e gemendo de dor assim que fiz tal movimento.

- Que foi?- DG recuou, me olhando fazer careta.

- A cólica tá voltando- grunhi.

Estou a semana inteira sentindo MUITA cólica, parece que tem alguém torcendo o meu útero com as mãos. Deu uma melhorada ontem, mas pelo visto já vai voltar.

- Quer ir no médico?- acariciou meu cabelo, parado na minha frente.

- Não- neguei rapidamente, encostando minha cabeça na sua barriga.

- Duda, sobe pra tomar banho- mandou.

- Mas, pai...- ela começou.

- Agora, toma banho e desce pra jantar- sua voz soava um tom bem sério, fazendo ela subir sem dar nem mais um "piu".

Ele olhou pros lados, olhou pro Eduardo, olhou pra mim, e suspirou após ver que era ele sozinho pra cuidar de nós dois.

Um filho com fome e uma mulher com dor, quem queria?

- Esquenta leite e da pra ele, eu vou tomar banho também- falei, já tentando me levantar.

- Não, fica suave aí que eu vou buscar um remédio pra tu- colocou o Eduardo no carrinho, indo rapidamente pra cozinha.

Não demorou pra ele voltar com um remédio de dor e um copo de água.

Peguei, bebendo.

- Obrigado, amor- murmurei.

- Eu vou dar tetê pra ele rapidão, depois nós sobe pra eu te dar banho- me deu um beijo rápido.

Confirmei, observando ele voltar pra cozinha com o Eduardo.

...