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Segunda, 12:59...

Eduarda

- Sei lá, eu não conheço- disse, enxugando uma lágrima.

- Sobe aí, bora lá pra casa- falou, tenso.

- É melhor não...- murmurei.

- É sério, mina. Sobe aí, não vou te machucar- me deu um selinho, me ajudando a subir na moto.

Ele acelerou pra casa dele, estacionando na frente da mesma.

- Vai subindo, eu só vou alí rapidinho e já venho aí ficar contigo- acariciou meu rosto- vai tomando um banho, tá mó calor da porra- assenti, entrando na sua casa.

A casa estava vazia, assim como ele disse. Subi pro quarto dele e peguei uma cueca e um blusão, indo tomar banho.

Quando tava fechando o chuveiro, ouvi sua voz no quarto.

- Cheguei- avisou, aparecendo na porta do banheiro.

- Tá- murmurei, penteando meus cabelos molhados.

- Vou tomar banho rapidão- foi tirando a roupa e entrou no box- eu passei na tia lá da praça, trouxe uns bagulho aí pra tu comer- falou- tá em cima da cama.

Assenti, indo pro quarto.

Peguei a sacola com as coxinhas e o refrigerante, me deitando na cama.

- Pq você tá legal?- perguntei assim que ele saiu do banheiro, levando a última coxinha a boca.

- Vou voltar pra minha favela em alguns dias, teve reunião na boca hoje pra resolver as últimas paradas da invasão- deitou só de cueca ao meu lado, me abraçando.

- Que bom- falei, me esticando pra colocar o lixo no chão ao lado da cama.

- Fala pra mim, oq aconteceu?- me puxou pra deitar no seu peito.

- Um cara me puxou pra dentro de um beco, e ficou passando a mão em mim. Ele ia me estuprar, se um dos seus vapores não tivesse chegado- falei.

- Que vapor?- franziu a testa.

- Acho que era Menor- murmurei- eu não ia aguentar ser abusada de novo- falei, oq o fez ficar inquieto.

- Já passou, ninguém vai te encostar- fez carinho no meu cabelo.

- Claro, só quem pode me estuprar é você, né?- ri amargo.

- Para de falar besteira, Eduarda- mandou, voltando a ficar sério.

- Eu tô falando sério, Terror.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora