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Domingo, 16:33...

Jhonatan

- Nunca mais encosta na minha mulher, desgraçado!- rosnei, dando mais socos nele.

Dei um na boca do estômago dele, o jogando no chão. Comecei a dar só bicuda nele, na cara e no estômago.

- Jhonatan, para- senti ela tocar o meu braço com delicadeza, sua mão estava trêmula e a voz carregada de desespero.

- Se afasta, Carolina! Vai lá pra dentro- gritei, dando mais chutes na cara do Marcinho.

- Amor, vem comigo! Não faz isso, você vai acabar matando ele- murmurou.

- Ele te enforcou, Carolina! Era capaz dele te matar se eu não tivesse me metido- vociferei, me abaixando pra voltar a socar sua cara.

- Por favor, não mata ele! Eu não quero ver isso, vamos entrar- ela pediu.

- Leva ela lá pra dentro, Letícia- gritei, desferindo socos e mais socos na cara do Marcinho.

Ele já estava inconsciente, sangrando.

- Não faz isso, você não é assim- abaixou ao meu lado, passando a mão nas minhas costas.

Parei meus movimentos, a olhando. Ela sorriu pra mim, com lágrimas nos olhos.

- Ele ia te machucar, Carolina- murmurei.

- Eu sei, mas já passou! Eu tô bem, vamo comigo lá pra dentro- tocou meu rosto, acariciando ele.

Suspirei, me levantando.

Eu não sou de me estressar, papo reto! Sou suavão, só não mexe com os meus. Viro o bicho quando a treta envolve minha família! Principalmente quando é a Carolina, irmão. Fico surtadão mermo, cego de ódio.

Quem sempre conseguia me acalmar nesses meus momentos, era a Carolina! Mais ninguém. Só de olhar pra ela, já me passava uma paz muito louca.

E mesmo depois de anos, ela ainda continua sendo a minha calmaria!

- Quero ele fora daqui hoje! Joga no pé do morro e deixa lá!- avisei pra um vapor que estava próximo a mim, enquanto me levantava.

- Furdunço acabou, mete o pé!- DG avisou, empurrando umas pessoas em direção a saída- vou contar até três, se quando eu acabar ainda tiver alguém aqui, eu vou meter tiro- gritou.

As pessoas começaram a sair correndo, desesperadas.

- Vai ficar tudo bem, tá?- Carolina me abraçou, sem se importar pro sangue do ex dela que estava em mim.

- Eu nunca vou deixar ninguém te encostar- segurei o queixo dela, erguendo seu rosto- nunca!

- A sua irmã tá lá em cima metendo a porrada na Nayara- sorriu divertida.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora