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Segunda, 19:23...

Letícia

- Quem é esse seu amigo, em? Não lembro de você ter me dito nada sobre ele- olhei em volta, enquanto subia o morro que até então era desconhecido por mim.

- É meu paizão, coroa mais pau no cu desse Rio de janeiro- sorriu, com o Eduardo no colo.

- Eae dublê de rico- ouvi um grito de longe e logo um garoto veio correndo e pulou nas costas do DG.

Olhei assustada, vendo que ele quase caiu com o meu filho no colo.

- Ae filhão, tô com o pivete no colo- olhou bravo pro rapaz.

- Ish, teu filhote?- mexeu com o Eduardo, que resmungou.

- Afasta do meu irmão- Eduarda empurrou o menino.

- Eduarda, foi essa a educação que eu te dei?- a repreendi- pede desculpa.

Ela me olhou, abaixando o olhar em seguida.

- Desculpa- murmurou.

- Tá suave pequena. Cês tão indo lá pra casa né?- perguntou.

- Humrum, o pau no cu do teu pai barrou todos os carros de subir o morro hoje- Diogo revirou os olhos, ajeitando a roupa do Eduardo.

- Quer ir comigo, piveta? Tô de moto- olhou pra Eduarda, que sorriu.

- Quero, deixa mamãe- me olhou, animada.

- Não filha, a mãe nem conhece o moço- neguei.

- Ele é cria do pai, é confiável- Diogo me abraçou de lado.

- Certo, pode ir- murmurei.

- Cadê tua moto, fião?- DG perguntou.

- Na frente do bar- apontou- bora lá, baixinha- deu a mão pra ela, que foi sorrindo.

Interesseira.

- Cuida bem da minha princesinha em, Ryan- o garoto riu, dando dedo.

- Ele é confiável mesmo, né? Se acontecer alguma coisa com a minha filha...- ele me cortou, apertando minha cintura.

- Ele é suave, relaxa. Filho mais velho do Tubarão- ajeitou a bolsa do Eduardo no ombro.

- Que casa linda- murmurei, olhando uma casa enorme em tons de marrom e branco.

Diogo sorriu, parando em frente a mesma.

- É a casa do Tutu- deu a mão pra mim, se aproximando dos caras que faziam a contenção da casa- o Tubarão já deu o papo que o DG tava com passagem liberada?- perguntou pros caras.

- Tua passagem aqui é sempre liberada, cuzão- um deles (o que estava de costas) virou, fazendo toque com o DG.

- Eae caralho, cadê teu pai?- perguntou.

- Lá dentro, entra aí mano- me olhou- e essa aí quem é?- sorriu.

- Minha fiel, chega aí mo- me aproximei.

- Oi!- sorri simpática.

- Esse é o Ruan, filho do Tubarão também. E essa é a minha gatinha, Letícia- comprimentei ele com um abraço leve.

- Primeira vez que ele trás mina aqui, confesso que tô surpreso- riu, abrindo o portão da casa- entra.

- É que ela é diferente, tá ligado. Olha aqui nosso pivete- mostrou o Eduardo.

Abri maior olhão.

Como assim "nosso pivete"?

- Moleque é bonito igual a mãe, graças a Deus. Se tivesse puxado o pai, ia ser feião- negou com a cabeça.

- Diogoooo- uma loira veio correndo abraçar ele.

- Eae Gabi, cadê o corno do teu marido?- abraçou ela.

- Tá lá em cima se arrumando, quem é esse?- pegou o Eduardo no colo, o balançando.

- Filho dele com a mina, mãe- o Ruan explicou, passando na direção da escada.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora