6.8K 366 5
                                    

Segunda, 22:03...

Eduarda

- Eu te ajudo- me levantei, ajudando a dona Marta a levar os pratos pra pia.

- Não precisa, eu arrumo sozinha- falou- vai pra sala com eles- sorriu.

Meu celular começou a vibrar no meu bolso, era minha mãe.

- Oi, mãe- atendi.

- Se perdeu no caminho? Onde você tá? Vem pra casa, seu irmão tá aqui- arqueei uma sobrancelha.

- Yuri tá fazendo oq aí? Ele não tava em São Paulo?- perguntei.

- Parece que ele finalmente terminou com aquela putinha- sussurrou- ele veio pra ficar- sorri.

- Ele vai ficar aí em casa?

- Sim, tá nem doido de não ficar- falou- onde você tá?

- Tô na dona Marta, jantei aqui- falei.

- Ela gostou do bolo?- perguntou.

Entreguei o telefone pra dona Marta, falando que minha mãe havia perguntado sobre o bolo.

- Todos adoraram, estava uma delícia. Obrigado- dona Marta sorriu.

Fui pra sala, enquanto elas conversavam.

- Fala pra gente, novinha, tem namorado?- Denis perguntou.

- Não- neguei.

- Meu irmão tá disponível- Giovanna empurrou ele na minha direção.

- Tô disponível só pras puta- ele riu.

- Tu gosta das bem vagabunda, tipo a Luiza, né?- falei, com ar de deboche.

- São as melhores- ele me olhou, desconfiado.

- Quem é essa daí?- Giovanna perguntou.

- A mais vadia do morro, que teu irmão comeu- falei.

- Povo dessa quebrada é fofoqueiro, em- ele falou.

- Terror não perde tempo- Denis riu.

- Sua mãe pediu pra você ir ver o seu irmão- dona Marta saiu da cozinha.

Assenti, me levantando.

- O Caíque vai te levar de moto- falou, me entregando o celular.

- Precisa não, eu vou andando mesmo- falei.

- Ele te leva, tá tarde pra você ir sozinha- ela falou.

- A senhora acha mesmo que alguém vai mexer comigo? Tem gente de olho em mim pelo morro inteiro, dona Marta- ri.

- Ele vai te levar sim, e fim de papo- falou.

Me despedi de todos, saindo de casa com o Terror.

- Se acha muito pq tá na minha garupa não, viu?- Terror falou- oq não pode é contar pras amiguinhas que o bandido aqui, te levou em casa- arqueei uma sobrancelha- isso é coisa de homem besta.

- Cala a boca e me leva logo, menino!- euen, é cada coisa.

- Fecha bem direitinho, pras minhas putas não te reconhecer- me entregou um capacete.

Revirei os olhos, colocando.

Em poucos segundos ele parou em frente minha casa.

- Tchau, novinha- acenou, indo embora.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora