94°

3.6K 196 15
                                    

Domingo, 16:00...

Jhonatan

Dei um gole no meu copo, olhando direitinho as expressões do Marcinho ao ouvir oq a Carolina tinha pra falar. Na hora que ele travou o maxilar e fechou o punho, armando um soco, eu fui voado e entrei na frente da Carol.

Tá louco, ninguém bate nela não!

- Colfoi, irmão? Sai da frente- ele rosnou pra mim.

- Virou cachorro, porra? Fala manso comigo- apontei o dedo na cara dele- vira sujeito homem, rapá! Querendo encostar em mulher, tá louco? Ainda mais na Carolina!

- Essa vagabunda do caralho tá me largando pra ficar com outro, Jhonatan! Vai voltar com porra de ex! Eu vou estourar ela em dois, quero só ver que ex vai querer ela toda quebrada- ele gritou.

A Carolina se escondeu atrás de mim, com medo.

- Acontece que o ex sou eu, filhote! E abaixa teu tom de voz pra falar comigo, antes que eu meta um tiro no meio da tua fuça!- me afastei dele, segurando a cintura da Carol e mandando ela ir ficar com a Eduarda e a Letícia- tô querendo bater um teti teti maneiro contigo, se vim na ignorância vai levar só coladão!- voltei meu olhar pro Marcinho.

A Carolina assentiu, abraçando a Eduarda que estava a poucos metros de nós.

O grupo de pagode já tinha parado de tocar e todos estavam observando oq estava acontecendo, provavelmente rezando pra gente sair no soco.

- Ih, colfoi? Vai dar essa mancada mermo? Pagar de talarico, Jhow?- baixou o tom rapidinho.

Dei risada.

- Talarico é minha benga, xará! A mulher sempre foi minha, tava contigo emprestada só- cruzei os braços, dando um sorrisinho ao ver ele travar o maxilar novamente.

- Mulher? Isso aí é uma vagabunda!- vociferou- não vale o pão que come!

- A vagabunda aqui te deu apoio e segurou tua mão quando tu mais precisou, filho da puta!- Carolina se soltou da Eduarda, dando um tapa na cara do Marcinho.

Sorri de lado com a ousadia dela. Minha mulher sabe se defender, porra!

- Fez isso pq eu te bancava, não queria perder o patrocínio! Puta é assim mermo!- eu pisquei e ele tinha pegado ela pelo pescoço, grudando a Carolina na parede.

- Bate mesmo! Bate mais que ela merece- a última coisa que eu ouvi antes de pular no pescoço do Marcinho, foi a voz da Nayara.

É outra que daqui a pouco vai ter o dela!

Peguei o Marcinho pelo colarinho e grudei ele na parede, desferindo vários socos na cara de Zé buceta dele.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora