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Sábado, véspera de ano novo, 20:45...

Eduarda!

- Estamos prontos, mamãe- ouvi a voz da Larissa atrás de mim.

Parei de conversar com a tia Carol, me virando pra eles.

Estavam tão lindos!

- Tô gatão igual o papai- MK afinou a voz, mexendo os bracinhos do Luan.

Nossas roupas eram todas combinando, sempre gosto de comprar roupas de parzinho pra nós quatro. É boiolagem pra caralho? Sim, mas, eu amo!

O MK não liga, ele usa sem reclamar e até gosta. Só acha ruim quando eu compro umas camisas com o tecido muito grosso e quente, que ele detesta.

- Vocês estão tão lindos- falei, levando a mão a boca.

Minha família é bonita demais, cê tá doido!

- Não baba, mamãe- Larissa segurou a barra do meu vestido, rindo.

Meu vestido era curto e de manga longa, bem justo ao corpo, ia até a metade da coxa e era todo brilhoso, na cor branca. As costas eram abertas e o colo fechado, super lindo. Meu salto era branco também, pra combinar com o vestido.

O vestido da Larissa é igualzinho o meu, e caiu super bem nela. A rasteirinha Melissa dela é branca com alguns brilhinhos e o laço de cetim que ela usava no cabelo é todo branco também. Ficou a coisa mais linda.

O Luan usava uma blusa polo da Lacoste branca, um short de tecido cinza da Lacoste e um tênis todo branco da Nike. Lutei pra achar esse tênis pra ele, por ser muito pequeno e tal.
Mas, valeu a pena rodar o centro todo pra conseguir comprar! Ficou lindo.

Ah, o meu marido! Esse daí era o que tava mais bonito na casa inteira.

Vestido com uma polo branca da Lacoste, uma bermuda cinza da Lacoste, e a tão querida havaianas branca que ele não tira do pé! A correntinha dourada que ele usava no pescoço destacava na blusa branca dele, assim como o Rolex brilhava no pulso. De longe eu já conseguia sentir o meu cheiro preferido, o do Malbec do Micael.

Não aguento com homem que usa Malbec, fico fraquíssima.

Cheiro de homem que não presta!

- Tu que tá linda pra caralho, amor- MK agarrou minha cintura, me entregando o Luan.

- Eu amo muito vocês- sorri, com lágrimas nos olhos.

- Qual foi, Eduarda? Tá chorando atoa pq?- me olhou torto, enxugando uma lágrima que caiu.

- Mamãe, eu vou brincar lá fora com o vovô, tá?- Larissa avisou, já correndo pra varanda que dava acesso a praia.

- Eu só tô emocionada- funguei, olhando pro narizinho do Luan.

- Tá de TPM?- ele perguntou, ainda desconfiado.

- Sabe oq é isso? Isso é bucho!- minha mãe passou por nós com uma travessa de pavê.

- É pavê ou pá cume?- tio Kacic perguntou, olhando pra minha mãe.

- Tu não me irrita, em, praga!- ela olhou de cara feia pra ele, que gargalhou.

- Tu tá prenha?- MK me olhou sorrindo- sabia que tinha dado certo furar a camisinha- ele sussurrou pra si mesmo, desviando o olhar.

- Não tô grávida, Micael. E quem mandou tu furar camisinha?- dei um tapão nele.

- Ai, amor- resmungou- eu queria mais um pivete, qualé?- fechou a cara.

- Você é sem noção- neguei com a cabeça.

- Tu tá ou não tá carregando mais um herdeiro meu aí dentro, Eduarda?- cruzou os braços.

- Não tô!- afirmei- e nem vou, não quero mais filho.

- Suave, é isso aí memo- bufou, voltando a abraçar minha cintura.
...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora