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Sábado, 06:59...

Letícia

- Amor- chamei, desesperada- amor- o cutuquei- Diogo!

- Que foi? Quem é?- levantou no pulo, pegando a arma de cima do criado mudo.

- Sou eu, eu tô sangrando- murmurei, apontando pro colchão.

- Pô vida, tu não tá menstruada não?- veio até mim, subindo novamente na cama.

- Não- neguei com a cabeça- me leva pro hospital- pedi.

- Tá, mas primeiro vamo te limpar né mo- me ajudou a caminhar até o banheiro.

Ele me deu um banho rápido, logo saindo comigo do banheiro novamente.

- Pega vestido- avisei, olhando ele mexer nas minhas roupas.

Ele assentiu, pegando um vestido preto.

Ele me ajudou a vestir, logo trocando de roupa também.

- Eu mandei mensagem pra minha mãe, ela tá vindo aí olhar as crianças- avisou, vestindo o moletom.

- Vamos, então?- falei.

- Humrum- pegou meus documentos, nossos celulares e as chaves do carro, colocando tudo dentro de uma das minhas bolsas- vem- me ajudou a levantar.

Ele desceu as escadas comigo e em poucos minutos ele me colocou no carro.

- Vai onde, amor?- murmurei, o olhando se distanciar do carro.

- Vou ver se as crianças estão bem, é rapidinho- avisou, entrando na casa novamente.

Fechei meus olhos, esperando ele voltar.

- Tá tudo bem com eles?- perguntei assim que ele entrou no carro.

- Sim, e eu falei pros cara da contenção olhar eles até minha mãe chegar- ligou o carro, subindo o morro.

Ele dirigiu até o postinho, me ajudando a descer assim que chegamos.

O DG explicou oq tinha acontecido, e os médicos me sedaram pra conseguir fazer alguns exames em mim. Adormeci em poucos minutos.

Sábado, 12:11...

Letícia

Abri meus olhos, os fechando novamente por conta da claridade. Abri novamente com calma, tendo a visão do Douglas sentado em uma poltrona ao lado da minha cama. Ele segurava a minha mão e seus olhos estavam marejados, ele olhava pra janela.

- Oq você tá fazendo aqui? Amor, e a polícia?- franzi o cenho.

- Já acorda reclamando- riu, enxugando uma lágrima que caiu de seus olhos- a gente tá no postinho do morro, amor. Aqui polícia não entra- acariciou meu rosto.

- E pq você tá chorando? Oq aconteceu?- olhei pros lados.

- É que...- a médica cortou ele, entrando no quarto com um sorriso de orelha a orelha.

- Vejo que a paciente acordou- se aproximou da minha cama.

- Bom dia, doutora- falei.

- Tá se sentindo bem? A cólica passou?- checou os aparelhos.

- Passou sim- respondi- oq eu tenho?- perguntei, sentindo o DG apertar minha mão.
...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora