Minha mandraka!

38°

Segunda, 20:00...

Letícia

- Filho? Você some daqui por dois meses e já aparece com filho?- negou, de cara fechada.

- A vida tem dessas né, mãezona- deu um beijo na bochecha dela.

- Até que enfim né, filho da puta- um negão muito bonito e arrumado desceu as escadas- achei que tinha se perdido pelas viela.

- Tava esperando a dona se arrumar né, mó demorada- foi abraçar o moço.

- Ish, essa é a corna da vez?- gargalhou, me olhando.

Franzi o cenho.

- É minha fiel tiu, para de graça- me abraçou por trás.

- Tô zuando só, relaxa aí novinha- estendeu a mão pra mim, na qual eu apertei.

- E esse moleque?- abraçou a loira, brincando com o meu filho.

- Filho deles, é lindo né?- sorriu.

- Cadê o povo?- olhou em volta, vendo que só tínhamos nós na enorme sala- sem furdunço esse ano?- fez careta.

- Só família, tá geral na área da piscina- nos guiou até a mesma.

A casa inteira era muito linda e organizada, toda em tons pastel.

⏳

- Onde eu chego eu paro tudo, a mulherada entra em panico...- Ryan chegou cantando.

Eduarda vinha atrás dele com um pote enorme de sorvete na mão.

- Mãe, o tio Ryan me encheu de comida- veio correndo pra perto de mim- eu acho que tô apaixonada por ele, mãe- passou a mão na testa.

Todos riram, inclusive ele que tinha acabado de sentar ao lado da irmã.

Estávamos todos sentados na área, em uns sofás/poltronas que tinham sido postos lá fora. Dava pra observar a luz das estrelas enquanto conversávamos, era lindo.

No som tocava uma música não muito alta, de forma que nós conseguíamos conversar normalmente. Tinham quatro enormes mesas de comidas maravilhosas.
Tinha de tudo! Churrasco, japonesa, carne de panela, cachorro quente, doces, três bolos de sabores diferentes, etc...

A decoração era toda em tons de dourado, preto e verde, com desenhos de arminhas e erva.

- Ae Eduarda, a galera tava querendo conhecer tu. Fala aí que tu é a filha mais velha do pai aqui- puxou ela, passando o beck pro Tubarão por trás das minhas costas- é a herdeira de tudo que eu tenho.

Como se ela já não tivesse visto ele com um cigarro de maconha enorme no meio dos dentes.

- Que?- sussurrou pra ele, de boca aberta.

Coloquei a mão na boca, segurando o riso.

- Fala com o povo, guria- ele riu.

Ele nos exibia pros seus amigos com tanto orgulho, era lindo de ser.

Ela foi falar com as pessoas, ainda sem entender.

- Passa pra mim- pediu o cigarro pro Caveira.

- Não é pra usar perto das crianças- avisei- quando a Eduarda voltar, você devolve.

Ele assentiu, me dando um selinho.

- Relaxa, eu sei- acariciou minha coxa, observando a Eduarda rindo com a filha mais velha do Tubarão- ela é lindona, igual tu- sorriu, soprando a fumaça.

...