36°

4.7K 218 13
                                    

Quinta, 14:44...

Terror

- Não, amanhã tenho que entrar mais cedo no trabalho. Tenho uma reunião 06:30- revirou os olhos.

Dei risada, desejando boa sorte.

Eu não amo ela, não tô apaixonado, não sinto carinho. Mas, eu sinto um desejo, uma obsessão, uma atração muito louca, um tesão da porra, me sinto muito possessivo em relação a ela. Quero que ela seja só minha, mas eu não sei se vou conseguir ser de uma só!

Eu quero tentar uma parada com ela, quero mesmo! Mas, não sei se vou conseguir ficar sem vacilar.

Agora não tem mais volta, né? Já falei com o pai da novinha, agora é comigo e a sorte!

- Eae minha vida, quero trocar uma ideia contigo- MK parou do lado da nossa mesa.

- Ela tá ocupada, pivete. Vaza!- fiz sinal pra ele ir embora.

- Terror!- me repreendeu com o olhar- vai ser rápido- me deu um selinho, levantando.

- Já tá começando errado, Eduarda- neguei com a cabeça, olhando ela se afastar com ele.

Eles ficaram alguns minutos conversando do lado de fora do bar, de onde eu tava não conseguia ver ele.

- Olha oq ele me deu- sorriu, mostrando o pescoço.

- Tu tá chapando, Eduarda? Tira essa porra- tentei puxar, mas ela me impediu.

Era um colar com as iniciais "MK".

- Não, foi presente- disse, brava.

- Porra, oq nós acabou de combinar aqui?- cruzei os braços.

- De eu me afastar do MK- falou- mas, ele me deu um presente e eu não posso fazer desfeita!

- Tá suave! Depois não reclama- falei.

- Olha, não começa, tá bom? É só um colar- reclamou.

- Tu que tá usando colar com o vulgo daquele manezão, Eduarda. Já tá começando no erro- neguei.

- É só um colar- insistiu.

- Suave! Vou fazer um colar com as iniciais da Luiza, da Renatinha e da Carlinha, pra ver se tu vai gostar- falei o nome de umas putas do morro do pai dela.

Ela arqueou uma sobrancelha.

- Mas, ele é meu amigo! Essas que você falou, são tudo as boqueteira do morro- falou.

- Amigo que quer te comer- cruzei os braços.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora