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Segunda, 18:58...

Letícia

- Você tá lindo- ajeitei a blusa do Diogo, sorrindo pra ele.

- Gata tá tu, mó gostosa- passou a mão pelas minhas costas, descendo pra bunda e deixando um tapa no local.

- Vamo mamãe- Eduarda entrou no quarto já arrumada.

- Só vou pegar o seu irmão e a gente já vai, tá?- ela assentiu, subindo na minha cama.

Ela tava a coisa mais linda, toda pimposa com um laço enorme na cabeça.

- Vem cá princesa, sobe nas minhas costas- Diogo abaixou.

Ela foi correndo e pulou nas costas dele, sorrindo.

- Cuidado pra não cair- avisei.

- Eu vou ir ligando o carro, demora não- me deu um selinho.

Passei mais um pouco de perfume e peguei minha bolsa, saindo do quarto.

- Oi bebexinho di main, que menino mais cheiroso- peguei o Eduardo do berço, dando um cheiro no pescoço do mesmo.

Ele riu pra mim.

Ajeitei o casaco dele direitinho no corpo, pegando sua bolsa e saindo de casa com ele no colo.

- Bora amor- DG apressou.

- Calma, tô trancando aqui- procurei a chave do portão no molho de chaves.

- Trancar pra quê? Daqui a pouco teu irmão e a Carolina chega pô. Ninguém vai mexer em nada aí não, fica suave- o olhei desconfiada, guardando novamente as chaves.

- Fica quietinho, tá? Amor de mãe- dei um beijinho no Eduardo, o colocando na cadeirinha do carro.

- Ele vai se comportar né, moleque?- Diogo virou pra trás, acariciando a mãozinha do Eduardo.

- Vai nada, ele é bagunceiro- Eduarda respondeu, cruzando os braços toda enciumada.

Ri.

- Mãe ama você também- me estiquei, beijando ela.

Me certifiquei de que a cadeirinha do Eduardo estava bem presa e o cinto da Duda bem firme, antes de fechar a porta de trás do carro e ir sentar na frente.

- Pô filhote, fala com teu patrão aí. Avisa que é o DG- falava com o menino da barreira.

- Desculpa chefe, mas a ordem foi carro nenhum passar pela barreira hoje- o garoto falava pela vigésima vez.

- Meu pau mermo- reclamou, digitando no celular- atende, Zé buceta- bufou com o telefone na orelha.

- Amor, vamo subir andando mesmo- falei.

- Tá louca? Subir essa porra toda na canelona com as crianças- negou com a cabeça.

- Vamo, tio- Duda colocou a cabeça entre o banco do carona e motorista.

- Esse Tubarão também tá cheio de graça, filho da puta- desceu do carro.

Ri, descendo também.

- Desce, filha. E pega suas coisas, não esquece nada pq depois não vai ter como vim buscar- ela assentiu, juntando as bonequinhas e colocando dentro da bolsa.

...

Minha mandraka!Onde histórias criam vida. Descubra agora