Minha mandraka!

26°

Um mês depois, quarta, 17:45...

Terror

É, tudo segue conforme o combinado. Voltei pro meu morro já tem uns dias, quebrada tá maior paz. Saudade que eu tava do meu barraco!

- Vem pra cá logo, caralho- mandei.

- Você tá achando que eu sou uma das suas cachorrinhas, né- Eduarda reclamava no telefone- não sou tua puta particular, Terror!

- Eu tô te mandando vim, Eduarda. Se me desobedecer, vai ser pior!- falei, fazendo mais uma carreira de pó.

- Você tá me ameaçando, Terror? Você tá louco? Quem você acha que é pra falar desse jeito comigo? Meu pai é outro, se enxerga!- gritou.

- Eu sou teu dono, Eduarda. Faz oq eu tô mandando e vem logo pra cá! Quero tirar uma onda contigo hoje, te exibir um pouquinho.

- Você não é meu dono porra nenhuma, pode parando de graça. E eu NÃO vou!- falou.

- Eu vou mandar alguém ir aí te buscar daqui a pouco, já vai se arrumando- e desliguei.

Como vocês já sabe, nós tá suavão. As vezes ela arruma uns perreco atoa, mas não dá em nada. Sei colocar ela no lugar dela!

Inclusive, tlgd aquela noite que nós dormiu junto? Então, aconteceu dnv umas duas semanas atrás.

Tinha usado muita droga no dia, tava alucinando já. Pedi e ela não cedeu, aí parti pra ignorância.

Me arrependo!

Ela ficou puta, passou uns dias sem falar comigo mas já voltou. Eu acho que, no fundo, ela sente alguma parada por mim! Bagulho é louco.

Avisei pra um dos moleque da biqueira ir buscar a novinha, e saí da biqueira partindo pra minha casa. Tomei um banho rápido e voltei pro meu quarto, peladão mermo.

- Se veste- colocou a mão na frente do rosto, tampando os olhos.

- Como se tu nunca tivesse visto- falei, enrolando a toalha na cintura.

- Não foi pq eu quis, você sabe- cruzou os braços, sentada na cama.

- Tu é chata, em- falei- começa não, Eduarda!

- Foi você quem mandou me buscar! Por mim, eu estaria em casa dormindo- falou.

- Suave pô, pode dormir. A cama tá aí- falei, me vestindo.

- Me chamou aqui pra quê?- perguntou.

- Tinha mó cotinha que a gente não se via, pô- dei um beijo rápido nela.

- Por culpa sua, lembra oq aconteceu da última vez que a gente se viu? Sua última noite no morro do meu pai, lembra?- falou.

Essa gosta de atentar.

- Vem não, Eduarda. Já pedi desculpa- neguei com a cabeça.

- Pedir desculpa não vai mudar oq você fez- falou.

- Bora comer alguma parada, depois a gente vem pra casa dormir- mudei de assunto.

Ela assentiu, levantando.

...